É que pra mim vocês são invisíveis: relações de gênero em aulas de ciências do ensino fundamental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Freitas, Lucas Bueno de lattes
Orientador(a): Casagrande, Lindamir Salete lattes
Banca de defesa: Souza, Ângela Maria Freire de Lima e lattes, Tortato, Cintia de Souza Batista lattes, Casagrande, Lindamir Salete lattes, Carvalho, Marília Gomes de lattes, Kovaleski, Nadia Veronique Jourda lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4602
Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar as manifestações de estereótipos de gênero, baseados na cultura patriarcal, nas relações entre meninas e meninos no cotidiano das aulas de ciências do 4º e 5º ano do ensino fundamental de uma escola municipal de Pinhais – PR. Tal objetivo foi delimitado a partir de um problema: o número inferior de mulheres em profissões científicas e tecnológicas. Das diferentes abordagens possíveis para explicar tal diferença numérica, optei pela educação básica, momento em que as crianças não estão definindo seu futuro profissional, porém são os primeiros passos do processo de aprendizagem que culminarão em tal definição. A metodologia escolhida para a pesquisa foi a de abordagem qualitativa, adotando métodos de estudos etnográficos. Uma vez elegida a escola para a pesquisa foi realizada a aplicação de um questionário com as crianças para conhecer a realidade profissional de suas famílias, seus sonhos profissionais e identificar o imaginário delas sobre uma pessoa que trabalha como cientista. Após um ano de presença em sala de aula, observando o que acontecia naquele espaço, elegi quatro categorias para análise: a primeira é uma análise de como as representações de gênero são manifestadas pelas crianças; a segunda é a análise da interação dessas representações com o saber científico sob o ministério e orientação da professora; a terceira analisa a relação de gênero durante os trabalhos em grupo proposto pelas professoras de ciências, nos quais as crianças têm maior liberdade e autogestão do conhecimento; a quarta e última categoria analisou os enfrentamentos e resistências expressos pelas meninas. A tese obtida após a realização da pesquisa é de que o patriarcado interfere no processo de ensino-aprendizagem das meninas, embotando padrões e estereótipos não condizentes com o desenvolvimento do conhecimento científico.