Manejo da ventilação em sistema compost barn: implicações na ambiência e bem-estar de vacas leiteiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Danelus, Fernanda Lais lattes
Orientador(a): Vieira, Frederico Márcio Corrêa lattes
Banca de defesa: Barros, Flavia Regina Oliveira de lattes, Damasceno, Flávio Alves lattes, Vieira, Frederico Márcio Corrêa lattes, Vale, Marcos Martinez do lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Dois Vizinhos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/23990
Resumo: Tendo em vista a limitação de informações científicas sobre a ventilação em sistemas compost barn e como isto influencia na ambiência, bem-estar, termorregulação e comportamento de vacas leiteiras e nos teores de umidade da cama, objetivou-se avaliar os diferentes condições de ventilação em um sistema de confinamento compost barn em relação ao efeito sobre a qualidade da cama, conforto térmico e comportamento de vacas em lactação. A pesquisa foi realizada no município de Campo Erê-SC, em um sistema de compost barn com capacidade para 72 animais, entre os meses de dezembro de 2018 e janeiro de 2019. No total, foram avaliados 19 animais em lactação da raça Holandesa. Como tratamentos foram instituídos três programas de ventilação com acionamento automático por sensores, a partir de temperaturas determinadas. O programa 1 consistia no acionamento da ventilação quando a temperatura interna do galpão ultrapassava 19ºC (P1), o programa 2, quando ultrapassasse 22ºC (P2) e o programa 3, acima de 25ºC (P3). Os mesmos foram distribuídos aleatoriamente e tiveram duração de sete dias. Em cada um destes programas avaliou-se a umidade e temperatura da cama (superfície e interior), variáveis térmicas do ambiente interno e externo (temperatura do ar, umidade relativa do ar e velocidade do vento), índice de temperatura e umidade, conforto térmico dos animais (temperatura superficial e frequência respiratória), comportamento e bem-estar dos animais (escore de higiene e claudicação). Como resultados encontrou-se que os programas de ventilação não apresentaram efeito sobre a qualidade interna da cama. O P3 foi o que apresentou menores valores de temperatura superficial da cama nos horários mais quentes do dia (abaixo de 25°C). Em relação ao ambiente térmico do galpão, nesse mesmo programa de ventilação foram encontrados menores valores de velocidade do vento (média de 3 m s-1), porém apresentou melhores índices de temperatura e umidade - ITU (média de 72,5). O comportamento animal foi influenciado pelos programas de ventilação e pelo ambiente térmico da instalação, sendo que o P3 obteve menores probabilidades dos comportamentos ócio em pé (probabilidade de 0,5), andar (probabilidade de 0,5) e ingestão de água (probabilidade de 0,3) nos períodos quentes do dia (a partir das 11:30 h). Para a termorregulação e bem-estar animal, a temperatura superficial dos animais (33°C) e o escore de higiene foram melhores para o P3 em relação aos demais programas. Conclui-se que a melhor temperatura de acionamento do sistema de ventilação é de 25°C, pois proporciona melhor conforto térmico e bem-estar dos animais.