Impacto da PET/CT no câncer de pulmão não-pequenas células: contribuição no delineamento tumoral
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/679 |
Resumo: | Introdução: A definição do volume-alvo macroscópico, principalmente referente a casos de câncer de pulmão, exige o maior número de informações possíveis no que diz respeito à localização, extensão e mobilidade tumoral. A literatura demonstra um importante avanço quando utilizada imagens metabólicas como é o caso da tomografia por emissão de pósitron/tomografia computadorizada (PET/CT), porém a sua aplicação nos planejamentos radioterápicos ainda é muito discutida devido ao seu grau de complexidade. Objetivos: Avaliar o impacto da PET/CT no delineamento tumoral em casos de câncer de pulmão não-pequenas células (CPNPC) e linfonodos regionais. Materiais e Métodos: Foram selecionados retrospectivamente estudos de PET/CT de 26 casos de câncer de pulmão. Todos foram confirmados por biópsia, sendo em sua totalidade CPNPC. Todos os estudos foram realizados em um equipamento de PET/CT dedicado com parâmetros de aquisição idênticos. A interpretação das imagens e posterior delineamento foram realizados por dois médicos experientes, um radioterapeuta e um nuclear/radiologista. Os parâmetros ótimos de visualização foram pré-definidos, sendo mandatórios para os delineamentos. Os delineamentos foram realizados em duas etapas principais. A primeira relacionada ao desenho tumoral somente pela CT e a segunda, após no mínimo duas semanas de descanso visual, referindo-se ao desenho tumoral pela PET/CT. Somente o volume tumoral macroscópico (GTV) e os linfonodos regionais aumentados ou PET positivos foram delineados. Índices de conformidades (IC) foram calculados, tanto interobservadores (11 casos), quanto intra-observador (26 casos). Para a comparação entre observadores e entre delineamentos em relação ao volume, foi considerado o teste não-paramétrico de Wilcoxon. As comparações em relação ao IC foram feitas usando-se o teste t de Student para amostras pareadas. Em todos os testes, valores de p <0,05 indicaram significância estatística. Os dados foram analisados com o programa computacional SPSS® Statistics 17.0 (EUA). Resultados: A análise dos dados demonstrou diferença significativa entre os volumes médios delineados na CT e na PET/CT (p = 0,02), com evidente redução volumétrica no delineamnto por PET/CT. Houve diferença significativa entre os volumes CT delineados pelos dois observadores (p = 0,03) e uma tendência a apresentar diferença significativa entre volumes PET/CT (p = 0,05). A avaliação volumétrica intraobservador foi significativa (p < 0,01) apenas para o médico nuclear/radiologista, com redução de até 51% do volume CT e uma relação entre modalidades de 2,11 ± 0,22. Na análise dos IC, não houveram diferenças significativas entre as duas modalidades de imagem (p = 0,598). A análise dos IC intra-observadores demonstrou que para o radioterapeuta a PET/CT apresenta um impacto de 46% (IC médio = 0,54 ± 0,06), já para o nuclear/radiologista, o impacto foi de 65% (IC médio = 0,35 ± 0,06), representando uma diferença significativa (p = 0,03) em relação ao IC entre o médicos observadores. Para a análise linfonodal a PET/CT apresentou importante diferença na visualização de linfonodos, alterando 10 dos 26 casos, sendo 9 para a positividade apenas na fusão. Conclusão: A PET/CT apresentou significativo impacto no desenho do GTV e linfonodos regionais para casos de CPNPC. |