Templo religioso, natureza e os avanços tecnológicos: os saberes do candomblé na contemporaneidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Iyagunã, Dalzira Maria Aparecida
Orientador(a): Lima Filho, Domingos Leite
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Tecnologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/711
Resumo: A presente pesquisa teve como objetivo desenvolver um estudo qualitativo para verificar a relação entre a tecnologia e os saberes ancestrais tradicionais no Candomblé, em três nações de diferentes terreiros. As nações são as seguintes: Ketu, Jêje e Bantu. O terreiro Ketu localiza-se na cidade de Salvador; o terreiro Jêje localiza-se no recôncavo baiano, na cidade de Cachoeira; e o terceiro terreiro, Bantu, localiza-se na cidade de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba-PR, este sendo um terreiro rural. A proposta deste estudo nestes três terreiros é constatar a relação entre o Candomblé e a internet considerando analisar como se articula essa religião que se refere à natureza e aos valores e saberes ancestrais frente aos avanços tecnológicos. A metodologia se constituiu em analisar entrevistas realizadas com sacerdotisas e sacerdotes, bem como representantes religiosos das três nações pesquisadas. Outro foco desse trabalho foi analisar os impactos da urbanização e da perda de territorialidade, e a importância da preservação da linguagem e a oralidade nos terreiros de Candomblé e ao mesmo tempo da ancestralidade e a hierarquia nas tradições das religiões de matriz africana na África e na diáspora. A análise foi constantemente articulada com uma discussão sobre as mudanças ocorridas na legislação brasileira no que se refere aos direitos das religiões de matriz africana, considerando que essas religiões foram historicamente discriminadas, associadas ao primitivismo e à barbárie. A importância deste trabalho consiste em trazer à tona uma discussão permanente e necessária sobre intolerância religiosa e “estado laico”.