Avaliação do potencial antioxidante de extrato de folha de oliveira nanoencapsulado frente a oxidação lipídica de óleo comestível
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Campo Mourao Medianeira |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de Alimentos
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/29735 |
Resumo: | As folhas de oliveiras (FO) são matéria-prima barata (bio-resíduo da produção de azeite e azeitonas), e fonte de compostos antioxidantes. Estes compostos podem perder atividade quando em contato com luz, calor e oxigênio e visando prolongar seu efeito, recorreu-se à nanoencapsulação por nanoprecipitação. A extração e nanoencapsulação do OLE foram realizadas concomitantemente, otimizando o tempo e reduzindo a quantidade de solvente. As FO e a zeína foram misturadas com o solvente (etanol:água, 80:20) sob agitação em sistema rotor-estator para garantir a extração dos compostos e a interação da zeína (agente encapsulante) com os mesmos. Após a centrifugação da mistura, foi realizada a nanoprecipitação pelo gotejamento desta em solução aquosa de caseinato de sódio (surfactante)a 12.000 rpm e finalmente as nanopartículas (NPs) foram secas em estufa. O OLE foi obtido na mesma proporção FO/etanol/água da encapsulação, mesma agitação, centrifugação e secagem em mesmas condições. Foram realizadas caracterizações das NPs e OLE por FTIR (Fourier Transform Infrared Spectroscopy), DSC (Differential Scanning Calorimetry) e TGA (Thermogravimetric Analysis). As NPs também foram analisadas por MET (Microscopia Eletrônica de Transmissão) e DLS (Dynamic Light Scattering). Com a caracterização térmica foi possível verificar uma massa residual maior das nanopartículas ao final da análise quando comparado ao extrato puro, indicando maior resistência térmica das mesmas. Verificou-se por FTIR, a redução de intensidade das bandas características dos grupamentos OH, CH e NH, indicando a interação entre os componentes e encapsulação efetiva, além de reticulação da zeína por ligações de hidrogênio com os compostos fenólicos. O DLS indicou índice de polidispersão (PDI) de 0,9 ± 0,1 e um diâmetro médio Dz igual a 638,5 ± 55,8 e a MET confirmou a morfologia em formato esférico e dimensão nanométrica (100 a 500 nm), contudo, aglomerados foram detectados. O OLE e as NPs foram aplicados em óleos comestíveis nas concentrações de 47,1, 94,2 e 141,3 mgOLE/kgóleo. Adicionou-se para fins de comparação o antioxidante sintético BHT (hidroxitolueno butilado) a 300 mgBHT/kgóleo, e como controle os óleos sem antioxidantes. Os óleos foram analisados por Rancimat, sendo o BHT o melhor antioxidante para o óleo de soja, o OLE não encapsulado a 141,3 mgOLE/kgóleo para o de palma, sendo estatisticamente semelhante ao contendo BHT. Para o óleo de palmiste as amostras adicionadas de 94,2 mgOLE/kgóleo de OLE não encapsulado e de 141,3 mgOLE/kgóleo de NPs apresentaram-se semelhantes à adicionada de BHT. As análises de ABTS, DPPH e FRAP, confirmaram a capacidade antioxidante das NPs. Por fim, o ensaio Schaal Oven Test foi realizado com a aplicação das nanopartículas no óleo de palmiste. Os espectros de UV-Vis foram analisados então pelo método quimiométrico PARAFAC em que se determinou a maior estabilidade do óleo adicionado de 300 mgBHT/kgóleo e 141,3 mgOLE/kgóleo de NPs (300 mgNPs/kgóleo). Conclui-se que as NPs podem ser produzidas utilizando solventes verdes e polímeros comestíveis pelo processo integrado de extração/encapsulação, garantindo capacidade antioxidante as mesmas com grande potencial a ser explorado quando comparado à capacidade antioxidante oferecida pelo BHT. |