Sistema lipossomal modificado com ácido hialurônico: preparação e caracterização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Lima, Pedro Henrique Correia de lattes
Orientador(a): Viana, Renato Márcio Ribeiro lattes
Banca de defesa: Viana, Renato Márcio Ribeiro lattes, Vandresen, Fábio lattes, Viana, Gustavo Henrique Ribeiro lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Londrina
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/24704
Resumo: Os lipídios são compostos bioquímicos que acompanham a evolução humana a milhares de anos e são essenciais para várias funções dos organismos vivos. Eles são compostos anfóteros e alguns quando em contato com a água formam nanovesículas, bicamadas automontadas chamadas de lipossomas. Os lipossomas foram descobertos em meados dos anos 60 e desde então vêm sendo aplicados em vários segmentos da nanotecnologia. Uma das características principais dos lipossomas é que eles são excelentes nanocarreadores, capazes de entregar fármacos de forma mais efetiva no combate a doenças. Na busca da melhoria na entrega de fármacos, cientistas começaram a modificar a sua superfície através de sínteses químicas. A funcionalização de lipossomas é uma estratégia criada a partir dessas modificações que tem como maior vantagem o reconhecimento de células alvo. Uma das técnicas de funcionalização mais recente é a bioconjugação, onde uma molécula é conectada a uma biomolécula através de um espaçador. Foi por esse caminho que esse trabalho teve como objetivo modificar quimicamente um lipídio, o colesterol, e bioconjugá-lo ao ácido hialurônico na formulação de um lipossoma funcionalizado. Isso foi proposto porque o ácido hialurônico é um polissacarídeo que está presente nas superfícies das células endoteliais e, de acordo com algumas publicações, têm afinidade aos eritrócitos infectados pelo parasito da malária. Para isso, um derivado do colesterol foi preparado através de cinco etapas de modo a ter um grupo amino terminal e um espaçador baseado no trietilenoglicol. Eles foram caracterizados por espectroscopia de ressonância magnética nuclear (RMN), no infravermelho e monitorados por método cromatográfico. Ao final, pôde-se observar um êxito na obtenção da molécula colesterol-ácido hialurônico, que posteriormente foi usada em formulações lipídicas para encapsular uma substância bioativa desenvolvida no grupo no combate à malária, o 10-((4,5-dihidrotiazol-2-il)tio)decan-1- ol. Pelo teste de eficiência de encapsulamento se pôde notar que o fármaco que estava carreado na formulação lipossomal com o ácido hialurônico apresentou melhor encapsulamento do que o fármaco carreado no lipossoma convencional, o que indicou uma melhor eficiência nos lipossomas superficialmente modificados.