Elaboração de biofilmes de fécula de mandioca e avaliação do seu uso na imobilização de caulinita intercalada com ureia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Petrikoski, Ana Paula
Orientador(a): Marques, Patrícia Teixeira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/649
Resumo: O estudo para o emprego de biofilmes na substituição do plástico convencional destinado a algumas aplicações específicas vem ganhando força e recebendo considerável atenção no cenário dos recursos renováveis. Dentre as inúmeras aplicações dos biofilmes pode-se citar o seu uso no revestimento de fertilizantes de liberação lenta. Normalmente, grande parte do nitrogênio aplicado sob a forma de fertilizante no solo, é perdido devido aos processos aos quais este está sujeito, a lixiviação pela água da chuva e volatilização pelo calor. Essas perdas, além de causar prejuízos aos agricultores, causam também a contaminação do solo e das águas devido ao excesso de nutrientes lixiviados. Com isso, observa-se que os fertilizantes de liberação lenta de nitrogênio são uma alternativa mais econômica para a agricultura e menos agressiva ao meio ambiente, pois podem reduzir tais perdas. Neste sentido, o presente trabalho tem como objetivo produzir um material de liberação lenta de nitrogênio através do revestimento da caulinita intercalada com ureia com biofilmes produzidos a partir de fécula de mandioca. Os biofilmes foram produzidos por casting utilizando diferentes concentrações de amido e adição de sorbitol. A intercalação da ureia na caulinita foi através de reação mecanoquímica, por 7 horas. O revestimento da mesma foi feito a partir da homogeneização da solução filmogênica de amido com a caulinita intercalada com ureia e posterior desidratação do material. Os ensaios de lixiviação e aquecimento foram realizados para determinar o teor de nitrogênio presente no material. Os resultados obtidos através da caracterização por Espectroscopia de Infravermelho com Transformada de Fourier, Difratometria de Raios X, Análise Térmica e determinação do teor de nitrogênio por Kjeldahl foram promissores e mostraram que o teor de nitrogênio inicial é reduzido conforme o aumento do tempo de lixiviação e da temperatura de aquecimento e que mesmo após a submissão do material a temperatura de 200ºC e lixiviação por 48 horas, uma parte do nitrogênio ainda permanece imobilizada na matriz polimérica, correspondendo a 35% para o filme aquecido a 200ºC e 9% para o filme lixiviado por 48 horas. Os resultados obtidos demonstram que o biofilme contendo caulinita intercalada com ureia pode apresentar potencial para aplicação na liberação lenta de nitrogênio.