Interculturalidade: experiências e desafios da/na universidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Boacik, Daniela lattes
Orientador(a): Oliveira, Marlize Rubin lattes
Banca de defesa: Pereira, Diana Araujo lattes, Corona, Hieda Maria Pagliosa lattes, Oliveira, Marlize Rubin lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/25618
Resumo: Essa dissertação está inserida no campo de investigação da Educação Superior (ES) com foco na interculturalidade no contexto da internacionalização da ES. A internacionalização é um tema que passou a ocupar a agenda de pesquisa nos últimos 20 anos, tanto de pesquisadores/as, organismos internacionais e governos como da gestão de instituições de ES. Já a categoria interculturalidade relacionada a internacionalização ainda é pouco explorada. Diante disso, o objetivo aqui proposto é analisar as categorias de pensar e operar interculturalidade, a partir da sociogênese constitutiva do projeto da UNILA (Universidade Federal de Integração Latino Americana) e de experiências de servidores/as desta Universidade, bem como compreender a internacionalização da ES no contexto da modernidade/colonialidade ocidental. A escolha da UNILA se justifica por ser uma instituição localizada na tríplice fronteira (Argentina, Brasil e Paraguai) e por ter como missão ser uma universidade internacional, em que a diversidade de etnias e culturas está presente. A perspectiva decolonial trouxe bases epistêmicas necessárias a construção da dissertação a partir de autores como Aníbal Quijano, Boaventura de Sousa Santos, Catherine Walsh, Enrique Dussel e Walter Mignolo. A decolonialidade bem como, a interculturalidade para estes autores/as tem oferecido possibilidades de ampliar processos de resistências ao modelo hegemônico e apresentam potencial de mudança, tanto nos modos como vivemos, como na possibilidade de fazer e pensar a universidade, possibilitando desenvolver sensibilidades de mundo principalmente àqueles/as invisibilizados, que tiveram saberes, culturas e liberdades encobertos pelo padrão moderno/colonial. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, a partir da pesquisa exploratória e análise documental. A pesquisa ocorreu por meio da busca de documentos no sítio eletrônico da UNILA e entrevistas semi-estruturadas com servidores/as. Os principais resultados demonstram que a interculturalidade é parte da missão da Universidade, construída a partir de um projeto distinto, da grande maioria das universidades brasileiras; a inclusão é parte de seu projeto constitutivo e procura desenvolver ações e iniciativas voltadas à interculturalidade potencializando saberes não hegemônicos. O cotidiano impõe tensionamentos entre projetos e ações, no entanto, é possível afirmar que a universidade é um lugar privilegiado para aprofundar vivências de inclusão e respeito as democracias.