Análise ecofisiológica da macrófita aquática Alternanthera philoxeroides (Mart.) Griseb. no reservatório do Iraí - Pinhais, PR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Costa, Elaine Aparecida Dias da lattes
Orientador(a): Pagioro, Thomaz Aurelio lattes
Banca de defesa: Freitas, Adriane Martins de lattes, Milani, Jaçanan Eloisa de Freitas lattes, Souza, Jana Magaly Tesserolli de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/27188
Resumo: Alternanthera philoxeroides é uma macrófita aquática nativa da bacia do alto Paraná, capaz de colonizar ambientes aquáticos e terrestres. Seu potencial de adaptação a diferentes compartimentos ambientais advém de sua alta plasticidade fenotípica, conferindo à espécie, resistência a mudanças ambientais, além de estratégias de colonização que favorecem sua dispersão e estabelecimento no ambiente. O objetivo desse trabalho foi caracterizar possíveis alterações ecofisiológicas de Alternanthera philoxeroides segundo uma variação espaço temporal em um reservatório de abastecimento de água com flutuação do nível. O estudo se deu no reservatório do Iraí, localizado entre os municípios de Quatro Barras, Pinhais e Piraquara, região metropolitana de Curitiba. Duas populações de A. philoxeroides foram avaliadas, uma no ambiente hidromórfico, e outra no semi-hidromórfico. As amostragens ocorreram com periodicidade trimestral entre os anos de 2017 e 2018, sendo que os atributos ecofisiológicos empregados para a avaliação foram: biomassa aérea, potencial fotossintético, área foliar específica (SLA), teor de matéria seca foliar (LDMC) e morfoanatomia. A biomassa foi quantificada a partir do peso seco do material vegetal por m²; o potencial fotossintético foi quantificado pela análise de clorofila; SLA e LDMC foram calculados através das medidas de peso seco, peso fresco e área foliar; as medidas de morfoanatomia foram feitas a partir de folhas, utilizando as medidas de espessura do mesofilo, do parênquima paliçádico e diâmetro do principal feixe vascular da nervura central; a densidade estomática se deu pela contagem de estômatos nas duas faces da folha; radiação solar, temperatura e precipitação foram fornecidas pelo órgão estadual de meteorologia. Houve variação espacial em seis dos nove parâmetros avaliados; apenas SLA, LDMC e densidade de estômatos da face abaxial não apresentaram diferenças significativas entre os ambientes hidromórfico e semi-hidromórfico. Houve influência temporal no padrão de resposta fisiológica da espécie. As adaptações em A. philoxeroides provocadas pelas diferenças ambientais foram mais evidentes no ambiente hidromórfico, onde todos os parâmetros ecofisiológicos avaliados foram compatíveis com fisiotipos de ambientes aquáticos (aumento de SLA, densidade estomática, espessura do mesofilo e parênquima paliçádico, diâmetro do feixe da nervura central e diminuição do potencial fotossintético). As populações desse ambiente apresentaram menos variações nos parâmetros avaliados, enquanto as do semi-hidromórfico foram as mais afetadas pelas variações ambientais, apresentando respostas fisiológicas compatíveis tanto com ambientes hidromórficos, quanto de transição ou terrestres.