Não se abre à força um botão de rosa, e sobretudo, com as mãos sujas: agruras da educação sexual no ambiente escolar e os desafios atuais frente à ideologia de gênero

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Almeida, Kaciane Daniella de lattes
Orientador(a): Luz, Nanci Stancki da lattes
Banca de defesa: Reis, Antonio Luiz Martins, Carvalho, Marília Gomes de, Figueiro, Mary Neide Damico, Ribeiro, Cláudia Maria, Luz, Nanci Stancki
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3808
Resumo: O objetivo desta tese é analisar como a emergência do discurso sobre “Ideologia de gênero” caracteriza uma reação contrária à efetivação da Educação Sexual no Brasil. Este trabalho articula a discussão que vem vinculando gênero com o discurso da “Ideologia de gênero” e à Educação Sexual sistemática no Brasil. A metodologia consiste em pesquisa documental, apoiada no referencial teórico pós-crítico utilizando a análise do discurso foucaultiana como instrumento analítico. Para desenvolver este trabalho, realizou-se uma pesquisa na internet sobre o termo “Ideologia de gênero” e sua notoriedade durante a votação do Plano Nacional de Educação – PNE (2014-2024). A pesquisa recolheu informações por meio da ferramenta de busca livre no Google, em que foram selecionadas dezessete matérias que compõem o Quadro 1 - Ideologia de gênero, em que buscou a origem do termo “Ideologia de gênero”, e dezoito matérias que compõem o Quadro 5 Ideologia, em que foram usadas as palavras chaves, “Ideologia de gênero” no PNE. O termo “Ideologia de gênero” passou a ser usado por movimentos contrários à discussão de gênero e orientação sexual, e ganhou notoriedade durante a votação do PNE (2014-2024), difundido por meio da igreja Católica. No diálogo que se estabeleceu entre a Educação Sexual e a “Ideologia de gênero”, verificou-se que existe um discurso conservador que vem alicerçando um debate a respeito de existir tal “Ideologia de gênero” em detrimento do campo de estudos de gênero. O discurso identificado em relação à Educação Sexual em outros momentos da história se assemelha com o atual, em que há presença marcante da família e da religião em posicionamentos políticos do Estado. Esses seguimentos conseguem alavancar um discurso que estimula a proteção da criança, privando-a do conteúdo da Educação Sexual, bem como a discussão que envolve a responsabilidade de educar para a sexualidade.