Espécies de brássicas no controle de fitopatógenos habitantes do solo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Moccellin, Renata
Orientador(a): Santos, Idalmir dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/262
Resumo: As brássicas possuem alto potencial de biofumigação, pois produzem gases tóxicos voláteis aos fitopatógenos habitantes do solo (FHS). Este trabalho objetivou testar três espécies de brássicas: Brassica juncea (mostarda), Brassica oleraceae (repolho) e Brassica napus (canola) no controle de três FHS: Sclerotium rolfsii, Rhizoctonia solani e Pythium aphanidermathum. Realizaram-se três ensaios, sendo o primeiro in vitro, constituído por doses: 0, 5, 10, 15, 20 e 25% de extrato de canola e mostarda. Cada Placa de Petri contendo meio de cultura recebeu um disco de BDA contendo micélio de um fitopatógeno. Na tampa foram colocados os extratos que serviram como base para a placa. Foram realizadas leituras do crescimento micelial. No segundo ensaio realizado em casa de vegetação, utilizou-se doses de 0, 30, 60, 90 e 120 t ha-1 de repolho triturado, em dois cultivos. Em sacos plásticos com sistema de vedamento foram colocados 500 g de solo e 10 g de substrato com P. aphanidermathum, recebendo em seguida as doses de repolho, com posterior fechamento e acondicionamento em BOD a 22ºC por 15 dias. Em seguida, o solo de cada saco foi distribuído em 16 células de bandejas de cultivo de mudas, semeandose uma semente de pepino por célula. O terceiro e último ensaio foi realizado a campo em dois cultivos, utilizando-se as doses de 0, 30, 60, 90 e 120 t há-1 de canola triturada. Em parcelas de 1 m2 incorporou-se substrato de areia e quirela de milho contendo P. aphanidermathum e a canola triturada 24 h após, com posterior cobertura com lonas dupla-face. Após a retirada das lonas foram coletadas amostras de solo para avaliar a sobrevivência do fitopatógeno e para a distribuição em bandejas, seguindo a mesma metodologia descrita no segundo ensaio. A sobrevivência foi realizada semeando-se cinco sementes de pepino em copinhos plásticos, com solo esterilizado, onde foi colocado 0,5 g de aveia e 15 g de solo retirado das parcelas. Foram realizadas avaliações de emergência e tombamento. Nas parcelas do campo, realizou-se a semeadura de 50 sementes de pepino. Para os três experimentos foram feitas avaliações de emergência, tombamento e peso seco das plântulas. Em todas as amostras de solo coletadas, foram realizadas avaliações da atividade microbiana, fertilidade do solo e condutividade elétrica. No primeiro ensaio todos os fitopatógenos reduziram o crescimento micelial pelo aumento das doses de canola e mostarda. No segundo e terceiro ensaios o repolho e a canola foram efetivos em todas as variáveis avaliadas. Estes substratos além de apresentarem efeito direto sobre o fitopatógeno, por meio da produção dos gases, o aumento da atividade microbiana e da condutividade elétrica,contribuindo de maneira indireta no controle do FHS testado. A concentração de potássio no solo aumentou com o aumento das doses de repolho e de canola, mostrando que os altos teores de potássio nos tecidos das brássicas contribuíram para o controle de P. aphanidermathum, além de servir como fertilizante orgânico para locais onde há deficiência de potássio.