Inventário de emissões atmosféricas de MP2,5 e BC oriundas da combustão em Londrina, Paraná
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Londrina |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4905 |
Resumo: | Os inventários de emissões atmosféricas são ferramentas essenciais para a gestão da qualidade do ar, já que permitem identificar as principais fontes emissoras e os principais poluentes, estimar a magnitude das emissões e fornecer dados de entrada para rodar modelos de dispersão. No Brasil, os inventários de emissões focam principalmente no setor de transporte e alguns poluentes atmosféricos a nível nacional, estadual ou regional. Pouco se conhece sobre emissões de material particulado fino (MP2,5) e black carbon (BC), especialmente a nível municipal. Esta pesquisa desenvolveu o primeiro inventário de emissões de MP2,5 e BC para o município de Londrina, utilizando o método de fatores de emissão, combinando as abordagens top-down e bottom-up, para o ano base 2018. Estimaram-se emissões oriundas do setor industrial e comercial: pela queima de biomassa e combustíveis fósseis em indústrias, pizzarias, churrascarias e padarias e transporte rodoviário, e no setor de resíduos, pela queima de resíduos sólidos urbanos (RSU). O cálculo das emissões foi baseado em dados oficiais, fatores de emissão (FE) propostos no guia da Agência Ambiental Europeia (EEA) e de pesquisas científicas, e pela aplicação de questionários sobre consumo de combustível no setor comercial. Também foi quantificada a incerteza usando o método de propagação de erros seguindo a metodologia do Painel intergovernamental de Mudança Climática (IPCC). As emissões totais em 2018 foram estimadas em 418 t de MP2,5 e 66 t de BC. Aponta-se a queima a céu aberto de RSU como a fonte dominante de MP2,5, aportando 53% da emissão total. Em relação com as emissões de BC, os processos industriais, o transporte rodoviário, a queima de RSU, e os estabelecimentos comerciais aportaram 40%, 31%, 22% e 6% da emissão total, respectivamente. As incertezas nas emissões industriais foram quantificadas em ±115% para MP2,5 e ±281% para BC. A incerteza nas emissões de MP2,5 dos estabelecimentos comerciais foi ±80% e ±182% nas emissões de BC. Além disso, observou-se que as emissões calculadas a partir de diferentes conjuntos de FE variaram amplamente, essas diferenças podem estar associadas com o método de medição e as condições locais onde foram estimados os FE. Finalmente, para melhorar este inventário e orientar o desenvolvimento de inventários em outras cidades brasileiras recomenda-se compilar detalhadamente FE representativos das condições locais onde pretende-se elaborar o inventário. Os FE propostos pela EEA apresentam limitações ao serem usados em países em desenvolvimento, já que as tecnologias de combustão podem diferir grandemente daquelas usadas nos países desenvolvidos. Aliás, fontes de emissão como a combustão doméstica de biomassa e a queima a céu aberto de RSU não são compiladas no guia da EEA. |