A eletrocoagulação como pré-tratamento de efluente cervejeiro
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/24341 |
Resumo: | A indústria de bebidas, em especial a do setor de cervejas, tem papel expressivo na economia do país e do mundo, gerando empregos e renda para a população. Todavia, subprodutos e rejeitos são gerados em abundância no processo fabril, entre eles o efluente líquido, proveniente do rejeito líquido da fermentação e produção da bebida, e dos processos de limpeza e esterilização do maquinário. Estima-se que para cada litro de cerveja produzido geram-se de 3 a 10 litros de efluente, esse com elevada carga orgânica e de nutrientes (N e P), nocivos se lançados in natura no meio ambiente. Nesse contexto, o objetivo do presente estudo foi investigar a viabilidade técnica e econômica do processo de eletrocoagulação como pré-tratamento do efluente cervejeiro. Foram utilizados eletrodos de ferro e alumínio, e após análise de eficiência, optou-se por aprofundar a pesquisa utilizando-se apenas eletrodos de alumínio, por alcançar índices de tratamento superiores, quando comparado ao ferro. Em uma segunda etapa, utilizando a técnica de planejamento fatorial experimental, investigou-se os fatores pH inicial, tempo de tratamento, diferença de potencial aplicada e quantidade de eletrólito adicionada. Foram monitorados os parâmetros: pH final, turbidez (TU), demanda química de oxigênio (DQO), açúcares totais (AT), fósforo (P), alumínio residual (ALR) e sólidos totais (ST). Foram atingidas, com eletrodos de alumínio, remoções de 61% da TU (pH0 7, 40 min, 12 V, 3 g/L de eletrólito), 35% da DQO (pH0 7, 40 min, 12 V, 0 g/L de eletrólito), 57% dos AT (pH0 5, 20 min, 6 V, 3 g/L de eletrólito) e 100% do P (múltiplos casos). Todavia, o processo promove aumento do pH0 e da quantidade de ST. Em uma terceira etapa, foi avaliada a redução do espaçamento intra-eletrodos, adotada para aumentar a densidade de corrente, sem alterar a tensão, além de incluir aeração no fundo do reator, para facilitar a flotação do lodo. Concluiu-se, neste caso, que a aeração não acrescentou ganhos significativos ao processo, contrariamente a redução do espaçamento. Porém, a aproximação excessiva dos eletrodos não gerou resultados satisfatórios. Com a otimização dos parâmetros de operação realizou-se ensaios cinético, elaborando-se curvas de comportamento dos parâmetros pH, corrente aplicada, condutividade, P, TU, ALR, DQO e AT. As taxas de remoção de P e TU estabilizaram a partir de 25 min de operação e as taxas de DQO e AT a partir de 3 min. Nos ensaios cinéticos, as taxas de remoção máximas obtidas foram de 59% da TU, 96% do P, 19% da DQO e 36% dos AT. O melhor custo/benefício de operação do reator foi alcançado aos 25 minutos, sendo de 0,836 R$/kgDQO removida e 0,146 R$/gP removido (0,208 US$/kgDQO e 0,036 US$/gP). Concluiu-se que o processo de eletrocoagulação é uma alternativa viável para pré-tratamento do efluente cervejeiro estudado, com excelente remoção de fósforo total, com custo de operação baixo, reduzindo, neste caso, a necessidade de tratamentos complexos posteriores. |