Risco tecnológico e socioambiental na proposta de CDS (City Development Strategies) do banco mundial
Ano de defesa: | 2003 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/27021 |
Resumo: | O presente relato de pesquisa enfoca as relações entre a sociedade, a tecnologia e o meio ambiente sob a ótica dos riscos tecnológicos e socioambientais, de forma a tecer considerações acerca da importância da construção discursiva da informação e do controle sobre os meios de difusão das interpretações do risco para a legitimação de intervenções por parte de agentes hegemônicos. A partir de contextualizações históricas, sócio-culturais, científicas e educacionais, conformase um panorama que comunga com a assunção de que as noções de risco são fruto de construções sócio-históricas. Essas elaborações, por sua vez, apresentam-se fortemente influenciadas pela abordagem técnico-científica, a qual atualmente possui importante papel nas lutas simbólicas pela democratização do poder sobre as técnicas. O trabalho propõe-se a verificar qual a noção de risco elaborada nas propostas de CDS (City Development Strategies) produzidas pelo Banco Mundial e como essas concepções atuam para legitimar a intervenção do Banco. Através da realização de uma análise interpretativa documental confrontada com o marco teórico formulado, constatou-se que o discurso do Banco Mundial responsabiliza os atores sociais locais quanto à geração de suas mazelas sociais. Para tanto, utiliza a argumentação que prega uma noção de risco utilitarista associada à não competência técnica local. Porém, ao mesmo tempo, o Banco omite-se em avaliar a influência que a implementação de suas próprias políticas exerce na propagação de um modelo econômico e ideológico hierarquizador e excludente, o qual agrava cada vez mais a realidade urbana de países pobres. |