Risco tecnológico e socioambiental na proposta de CDS (City Development Strategies) do banco mundial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Fujita, Camila lattes
Orientador(a): Silva, Maclovia Corrêa da lattes
Banca de defesa: Silva, Maclovia Corrêa da lattes, Souza, Nelson Rosário de lattes, Queluz, Gilson Leandro lattes, Garcia, Fernanda Éster Sánchez lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/27021
Resumo: O presente relato de pesquisa enfoca as relações entre a sociedade, a tecnologia e o meio ambiente sob a ótica dos riscos tecnológicos e socioambientais, de forma a tecer considerações acerca da importância da construção discursiva da informação e do controle sobre os meios de difusão das interpretações do risco para a legitimação de intervenções por parte de agentes hegemônicos. A partir de contextualizações históricas, sócio-culturais, científicas e educacionais, conformase um panorama que comunga com a assunção de que as noções de risco são fruto de construções sócio-históricas. Essas elaborações, por sua vez, apresentam-se fortemente influenciadas pela abordagem técnico-científica, a qual atualmente possui importante papel nas lutas simbólicas pela democratização do poder sobre as técnicas. O trabalho propõe-se a verificar qual a noção de risco elaborada nas propostas de CDS (City Development Strategies) produzidas pelo Banco Mundial e como essas concepções atuam para legitimar a intervenção do Banco. Através da realização de uma análise interpretativa documental confrontada com o marco teórico formulado, constatou-se que o discurso do Banco Mundial responsabiliza os atores sociais locais quanto à geração de suas mazelas sociais. Para tanto, utiliza a argumentação que prega uma noção de risco utilitarista associada à não competência técnica local. Porém, ao mesmo tempo, o Banco omite-se em avaliar a influência que a implementação de suas próprias políticas exerce na propagação de um modelo econômico e ideológico hierarquizador e excludente, o qual agrava cada vez mais a realidade urbana de países pobres.