Do papel ao bronze: a mulher em obras de Lygia Fagundes Telles e Maria Martins
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/29612 |
Resumo: | A caracterização feminina em obras de arte parece regularmente seguir os extremos do maniqueísmo, tendo a oposição entre bem e mal relacionada à sua representação desde séculos. Entretanto, com o início da inversão do papel de criatura ao de criadora, a mulher passa a ser retratada de acordo com a sua própria consciência acerca do seu corpo. Valendo-se da expressão de uma poética erótica, artistas como Lygia Fagundes Telles e Maria Martins trazem para as suas criações a noção de que o ser mulher transborda os limites desse corpo, cuja liberdade aos olhos alheios parece monstruosa. Tendo tal ideia como ponto de partida, o presente estudo relaciona contos e esculturas de ambas as artistas, buscando sempre contemplar a essência da mulher como ser livre e multiforme. Para tanto, são mobilizadas noções acerca do ser mulher contidas nos dois volumes de O Segundo Sexo, de Simone de Beauvoir. Além disso, são observados os contos “Antes do Baile Verde” (1970), “Tigrela” (1977), “A Medalha” (1991), “O Jardim Selvagem” (1970) e “O Segredo” (1995), todos presentes na antologia Os Contos (2018), de Lygia Fagundes Telles. However (1944,1947), Glèbe-ailes (1944), N’oublies pas que je viens des tropiques (1945), A Mulher que Perdeu Sua Sombra (1946), Fatalité femme (1948), L’huitième voile (1949) são as obras de Maria Martins que elencam o corpus da dissertação. COUTINHO; CARVALHAL (1994) fundamentam a comparação realizada, juntamente com SONTAG (1987) que alicerça a leitura das obras. A apreciação também conta com a fortuna crítica de Lygia e Maria. GIL (2000) e COHEN (2000) trazem noções a respeito do devir-monstro, essenciais na compreensão da perspectiva adotada no estudo. Como resultado, o trabalho apresenta a noção de que a utilização do monstruoso e do incoerente na obra das artistas ressignifica o que se entende por mulher e, consequentemente, faz serem repensadas as essências dos outros seres. |