A estética da nostalgia na construção do discurso do Cine Passeio
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/26538 |
Resumo: | Esta pesquisa tem como objetivo discutir a estética da nostalgia na construção do discurso e da materialidade visual do Cine Passeio: um cinema de rua de Curitiba, fundado em 2019, e mantido pela Fundação Cultural de Curitiba (FCC). Estabelecese um diálogo entre o passado e o presente no Cine Passeio a partir de uma experiência estética nostálgica, por meio de uma análise das construções de sentido de seus discursos-enunciados, ao examinar a sua linguagem arquitetônica e a linguagem visual de seus materiais gráficos comunicacionais. Para isso, reconhecemse percursos construtivos de interação e de sentido com a nostalgia, nas relações simbólicas de uso cultural tanto da memória coletiva quanto de identidade curitibana - entre o Cine Passeio e os sujeitos –, a fim do consumo de seu espaço. A pesquisa é estruturada em três partes. Em primeiro lugar, uma pesquisa bibliográfica a fim de reconhecer desde as origens epistemológicas do termo “nostalgia” a partir do séc. XVII, suas relações com a modernidade, bem como ao seu uso no âmbito social e cultural da contemporaneidade, entre o séc. XX e XXI, em diálogo com o consumo estetizado e massificado. Para tal reconhecimento, foram utilizados autores como Marcos P. Natali, Zygmunt Bauman, Svetlana Boym, Ivone Gebara, Gilles Lipovestky e Jean Serroy. Em um segundo momento, versa-se sobre a vinculação da nostalgia com a produção de sentidos, com o objetivo de iniciar reflexões sobre o Cine Passeio na qualidade de uma linguagem urbano-contextual inscrita na cidade. Falam-se de relações de semiose entre o sensível e o inteligível, implicadas na adoção do passado curitibano na temporalidade do presente, ao estabelecer um Percurso Gerativo de Sentido com o tempo remoto de então. Para isso, adotam-se referenciais de diferentes teorias semióticas, em busca de entrelaçamentos afins: Lucrecia D’Alessio Ferrara, Greimas e Courtés, José Luiz Fiorin e Denis Bertrand. Por fim, a terceira parte desta pesquisa compreende a análise a respeito da experiência estética nostálgica no Cine Passeio, reconhecendo tanto os aspectos de seu contexto histórico, mediante pesquisas documentais, quanto a análise dos elementos construtivos de sentido a partir das interações sensíveis com seu espaço. Para cumprir com tal propósito, foi adotado o referencial teórico da sociossemiótica de Eric Landowski – um desdobramento da semiótica discursiva de A. J. Greimas –, ao examinar e reconhecer potencialidades de percursos sensíveis de sentido entre sujeitos e o Cine Passeio, por intermédio dos regimes interacionais da programação, manipulação, assentimento/acidente e ajustamento, nas relações possíveis de leitura e captura de tais discursos passíveis à experiência nos entornos do Cine Passeio. |