Leguminosa e/ou suplementação energética como alternativa de melhoria no perfil de ácidos graxos da carne de novilhos
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Dois Vizinhos |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2323 |
Resumo: | Dois experimentos foram conduzidos, com o objetivo de avaliar o efeito da suplementação, associada ou não, ao consórcio de leguminosas, no perfil de ácidos graxos da carne de novilhos terminados em pastagem de inverno. Os estudos foram conduzidos na Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR, Campus Dois Vizinhos-PR. No primeiro experimento foram comparados os tratamentos: pastagem de aveia branca (Avena sativa L.) (AV), aveia + ervilhaca (Vica sativa) (AV+LEG) e aveia + suplementação energética, com base de milho triturado na proporção de 1% do peso vivo (AV+SUP). Nesse experimento, foram utilizados 18 novilhos machos, castrados, 1/4 Marchigiana, 1/4 Aberdeen Angus, 1/2 Nelore, com peso médio inicial de 360 kg e 19 meses de idade. Os animais apresentaram ao abate 2,39 mm de espessura de gordura e peso médio de 412,78 kg. Novilhos suplementados apresentaram maior teor de lipídios no músculo longissimus dorsi e gordura intramuscular mais saturada. Os animais terminados com aveia e suplementação energética apresentaram carnes com maior teor de ácidos graxos monoinsaturados e não houve efeito da dieta sobre o total de ácidos graxos poliinsaturados. Os animais que receberam ervilhaca na pastagem apresentaram carne com menor teor de ácido linoléico conjugado (CLA) que os demais. A utilização de pastagens nas dietas de ambos os tratamentos proporcionou relação n-6:n-3 mais benéfica e carne com gordura intramuscular mais benéfica. No segundo experimento, utilizaram-se 18 novilhos da raça Nelore, castrados, com vacina imunológica 30 dias antes do início do experimento, com peso de abate de 472,55 kg e 26 meses de idade. Sendo 8 animais alimentados com aveia + azevém + suplementação (AS); 8 animais alimentados com aveia + azevém + ervilhaca (AE) e 8 animais alimentados com aveia + azevém + ervilhaca + suplementação (AES). O período de pastejo foi de 100 dias. Os resultados apontam que a quantidade de ácidos graxos mirístico (C14:0), palmítico (C16:0) e esteárico (C18:0) não foram afetados (P>0,05) pelo tipo de dieta fornecida aos animais. Na análise de contraste, os animais alimentados com gramíneas apresentam maior teor do ácido graxo láurico (C12:0). Já os teores totais de ácido oleico representaram 80% e não se diferiram entre os tratamentos. Bovinos alimentados com AES apresentaram maiores (P<0,05) concentrações do ácido pentadecanóico. Os ácidos graxos poli-insaturados não se distinguiram nos tratamentos, com exceção do CLA que tiveram maiores teores na alimentação de AE. Houve variação de CLA para as dietas utilizando-se de leguminosas, com menores concentrações. Não houve efeito da dieta sobre o total de AGPI. Não houve variação entre os tratamentos para efeito da dieta na soma de n-6 e n-3, bem como, para relação n-6:n-3 na gordura intramuscular. O tratamento com milho apresentou maior relação n-6:n-3. No primeiro experimento com base de dieta em n:6:n-3, verificou-se que a carne ultrapassou o limite de 4 para a máxima relação n-6:n-3, o que a torna imprópria para o consumo humano. Já no segundo experimento, dispondo a leguminosa como principal alimento da dieta, verificou-se melhor qualidade para o consumo humano, para com a relação n-6:n-3, ainda que este tratamento demonstrou carne abaixo do limite de 4. |