O gênero de horror nos quadrinhos brasileiros: linguagem, técnica e trabalho na consolidação de uma industria - 1950/1967
Ano de defesa: | 2012 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/354 |
Resumo: | As primeiras publicações de quadrinhos de terror pela editora La Selva a partir de 1950, iniciaram uma tradição editorial que se prolongaria por cerca de 40 anos no mercado consumidor brasileiro. A popularidade do gênero de horror nos quadrinhos brasileiros permitiu a proliferação, a sobrevivência e o crescimento de muitos pequenos editores, principalmente da periferia paulistana. Dos métodos de importação e adaptação de material da editora La Selva à busca de emancipação e valorização do artista brasileiro pela editora Outubro, temos no quadrinho de terror uma importante fonte de material para uma reflexão sobre práticas de trabalho, organização e metodologia dos editores brasileiros das décadas de 50 e 60. Focalizando a exploração comercial do gênero de horror nestas duas décadas, pretendemos traçar uma abordagem sócio-histórica das relações de trabalho, produção e consumo, sem perder de vista as intermediações entre os diversos grupos sociais envolvidos nestes processos. Correlacionando as interferências entre códigos de técnica e de linguagem entre as diversas mídias, buscaremos comprovar a influência dos meios de comunicação e produção cultural na construção de novas habilidades profissionais, novos métodos e formatos de produtos. Investigando as heranças nos métodos, técnicas e linguagem do legado pulp das revistas de emoção sobre novos formatos como o gibi e a revista de fotonovela, veremos que a introdução destes novos formatos no mercado foi ocasionada pela necessidade de alteração nas escolhas de publicar, rumo à massificação. Neste período histórico de consolidação das indústrias culturais e de convergência das mídias no cenário cultural brasileiro, inter-relacionaremos a tradição editorial dos quadrinhos de terror iniciada pela La Selva e pela Outubro, a popularidade da novela de rádio e do filme cinematográfico. Nas produções de terror de José Mojica Marins e seu folclórico personagem Zé do Caixão veremos a síntese da mescla entre linguagem e técnica transportadas dos quadrinhos para o cinema, seja no transcurso narrativo e visual, como no reaproveitamento de profissionais ligados a tradição de horror nos quadrinhos. Na análise técnica, discursiva e sócio-histórica das obras selecionadas, pretendemos expor a visão destes grupos sobre o desenvolvimento tecnológico, assim como por outro lado, compreendê-lo como resultado da interatividade entre múltiplas áreas e atores sociais. |