Análise do polimorfismo R577X do gene alfa actina 3 como possível preditor de desempenho físico em mulheres ultramaratonistas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Zonatto, Hiago Augusto lattes
Orientador(a): Bassan, Júlio Cesar lattes
Banca de defesa: Bassan, Julio Cesar, Francisco, Julio Cesar, Cunha, Ricardo Corrêa da, Setti, João Antônio Palma
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3843
Resumo: O sucesso esportivo de alto rendimento é resultado de fatores ambientais e genéticos. O componente genético parece explicar a melhor adaptação ao treinamento de alguns indivíduos em relação aos demais, possibilitando traçar características morfofisiológicas ideais para determinada modalidade. Um dos genes capazes de influenciar o desempenho atlético humano, o gene da α-actina-3 (ACTN3), é investigado pela sua importante função estrutural no músculo esquelético, além de sua possível influência nas capacidades físicas de potência/força e resistência muscular. A proposta da presente pesquisa foi verificar a ocorrência do polimorfismo genético R577X do gene ACTN3 em atletas de ultra resistência. Fizeram parte da amostra 19 ultramaratonistas brasileiras do sexo feminino com experiência nacional e internacional na modalidade e idade média de 41,2 ± 6,1 anos. A genotipagem do polimorfismo R577X ACTN3 foi realizada pelo método de reação em cadeia de polimerase (PCR), com DNA extraído via salivar, enquanto a composição corporal foi mensurada pelo método bioimpedância. As frequências genotípica e alélica das atletas foram avaliadas e comparadas com dados da população controle pelos testes: Equilíbrio de Hardy-Weinberg, Quiquadrado de Pearson e Qui-quadrado com correção de Yates, já os dados envolvendo os componentes: massa magra e massa gorda foram verificadas pelo teste estatístico Kruskal-Wallis, sendo adotado como nível de significância p≤0,05 para todos. Os resultados demonstram maior presença dos genótipos RX e XX para as atletas em comparação ao grupo controle, embora a diferença não seja significativa (RR=15,8%, RX=57,9%, XX=26,3% versus RR=40%, RX=46%, XX=14%). Quanto à distribuição alélica, foi verificada maior aparição do alelo não funcional no grupo estudado em relação ao controle (R=44,7%, X=55,3% versus R=63%, X=37%), com diferença significativa (p-valor=0,0350). Sobre a composição corporal não foi observada diferença entre os genótipos, sendo que a média de massa magra para as atletas do grupo RR foi de 86%, para o perfil RX=85,31% e para o XX=86,56%. Em conclusão, os dados reportados na presente pesquisa revelam relação entre o alelo X da ACTN3 e a condição atlética em ultramaratonistas brasileiras do sexo feminino, porém não foi verificada influência do polimorfismo R577X sobre a composição corporal das atletas.