Sentidos das interações entre tecnologia e sociedade na formação de engenheiros: limites e possibilidades para repensar a educação tecnológica
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Santa Catarina
Ponta Grossa |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/433 |
Resumo: | O objetivo desta pesquisa é analisar como dois cursos de Engenharia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) estão respondendo às exigências socioeducacionais preconizadas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais de Engenharia (DCNs) (BRASIL, 2002b), que estabeleceram, entre outros aspectos, a necessidade da construção de outra identidade profissional mais sintonizada com os desafios políticos, econômicos, culturais e ambientais da realidade brasileira e mundial. Em especial, nosso olhar investigativo se voltou para entender os sentidos construídos sobre as relações entre tecnologia e sociedade nos cursos de Engenharia. Considerando, de um lado, a necessidade de um olhar que acompanhe o caráter heterogêneo, fronteiriço, coconstruído e negociado do processo de revisão curricular e, de outro, a relevância do enfrentamento da tensão determinista e dos desafios sociotécnicos regionais para a configuração do novo perfil de engenheiro, buscamos articular um quadro conceitual-metodológico fundado na perspectiva teórica da análise sociotécnica, nos Estudos Latino-Americanos de Tecnologia Social, bem como na perspectiva discursivo-dialógica do Círculo de Bakhtin. O corpus foi constituído por documentos legais e institucionais relacionados à implementação das DCNs nos dois cursos de Engenharia, bem como por entrevistas semiestruturadas com professores e estudantes desses dois cursos. Os resultados mostraram duas configurações curriculares nas quais as relações entre tecnologia e sociedade são entendidas e dimensionadas com diferentes enfoques: no primeiro curso analisado, constatou-se uma significativa perspectiva determinista tecnológica, traduzida em uma organização curricular disciplinar, em que prevalece uma ênfase voltada predominantemente para a formação tecnológica no seu sentido mais estrito, sendo que o mercado e o setor industrial aparecem como principais interlocutores sociais da atuação do futuro engenheiro; no segundo curso de Engenharia pesquisado, percebeu-se, de um lado, uma tensão dialógica entre uma formação voltada para a problematização dos aspectos sociais da tecnologia em diversos setores da sociedade e, de outro, uma organização curricular disciplinar que enseja desafios consideráveis para a superação da tensão determinista. |