Processos oxidativos avançados na degradação de hormônios sexuais femininos: cinética, produtos e toxicidade
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Francisco Beltrao |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental: Análise e Tecnologia Ambiental
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4139 |
Resumo: | Os hormônios naturais, como estrona (E1), 17β-estradiol (E2), estriol (E3), e sintético, 17α-etinilestradiol (EE2), estão sendo frequentemente detectados em águas residuais e em águas superficiais, causando preocupação devido a sua toxicidade à vida aquática em níveis extremamente baixos. Mais especificamente, estas substâncias classificadas como Desruptores Endócrinos causam efeitos alarmantes, como: feminização, hermafroditismo e diminuição da fertilidade. Processos Oxidativos Avançados (POAs) têm sido bastante eficazes na remoção destes Desruptores Endócrinos, visto que estes poluentes persistem aos tratamentos convencionais. No entanto, em matrizes naturais, a transformação dos hormônios durante estes processos ainda não é bem compreendida, principalmente, no que diz respeito aos intermediários gerados e a sua toxicidade. Assim, este estudo buscou investigar o comportamento dos hormônios E1, E2, E3 e EE2 na degradação fotoquímica em amostras de água superficial, no que diz respeito a cinética, identificação de subprodutos e toxicidade. Na primeira etapa desta pesquisa foi feita a quantificação destes hormônios nas águas superficiais dos Rios Cubatão-SC e Marmeleiro-PR. Na segunda etapa, o comportamento fotoquímico dos hormônios, sob irradiação ultravioleta (UVC, 254 nm) associada a oxidantes (H2O2 ou O3) ou ao fotocatalisador (TiO2), foi investigado para avaliar o potencial de degradação e a via de transformação em um ambiente aquático. Em relação aos resultados obtidos nas amostras das águas dos rios, no rio Cubatão foi detectado o E1, E3 e EE2, enquanto, nas águas do rio Marmeleiro foram encontrados o E2 e EE2. A cinética de degradação do E1, E2, E3 e EE2 (200 μg.L-1) foi estudada através de cromatografia líquida com espectrometria de massas (CG-MS) e os resultados se ajustaram ao modelo cinético de pseudo primeira ordem, sendo as constantes cinéticas: kE1>kE2>kEE2>kE3. Vários intermediários de transformação foram identificados por cromatografia líquida com espectrômetro de massas-tempo de voo (HPLC/TOF-MS) em amostras de água superficial, os quais foram provenientes da clivagem do anel aromático e adição do radical hidroxila. Muitos dos produtos identificados foram encontrados pela primeira vez em tratamentos com POAs. A maioria deles mostrou toxicidade crônica (ChV) muito tóxica para uma diversidade de espécies, segundo estimativa feita pelo software ECOSAR, o que confirma que estes produtos podem apresentar risco ao meio ambiente. Ensaios de toxicidade aguda, utilizando a bactéria Vibrio fisheri foram feitos após as reações com a mistura dos hormônios e o tratamento UV/TiO2 foi o mais tóxico para as bactérias. Os resultados obtidos neste estudo contribuem para ampliar o conhecimento sobre a presença dos hormônios E1, E2, EE2 e E3 em rios brasileiros, além do mais, para compreender o comportamento fotoquímico na degradação destes hormônios em amostras ambientais. Possivelmente esta é a primeira vez que esses subprodutos foram confirmados em experimentos feitos em amostras com água superficial real. |