Escala fuzzy não balanceada para tratamento de preferências alimentares em modelagem matemática
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Ponta Grossa |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4632 |
Resumo: | Modelos matemáticos para elaboração de dietas são uma ferramenta útil para determinação de cardápios em uma população específica. Muitas pesquisas de otimização utilizando modelagem matemática já foram realizados para resolução do problema de dietas levando em consideração as necessidades nutricionais e custos dos alimentos. No entanto, uma abordagem que valorize as escolhas dos usuários, aderindo as suas preferências alimentares, ainda é um desafio. Uma das formas mais comuns de se obter dados de preferências alimentares é por meio de escalas hedônicas de pontos. Neste tipo de escala a distribuição simétrica das categorias e a imprecisão das respostas podem interferir nos resultados das pesquisas de preferência. Este trabalho propõe a utilização da Escala Fuzzy Não Balanceada como um novo método para tratamentos de dados de preferência alimentar coletados com escalas hedônicas de 9 pontos. A análise dos dados a partir da escala proposta visa melhorar as limitações apresentadas em pesquisas que utilizam escalas hedônicas de pontos como forma de coleta de dados, especialmente no que diz respeito à distribuição dos valores numéricos das categorias e a imprecisão das respostas. Para construção da escala proposta foram analisados preferência de alunos brasileiros e portugueses. A preferência alimentar de 329 alunos brasileiros frente a 66 alimentos foi analisada através de uma pesquisa realizada anteriormente por Spack (2017) em função do comportamento das resposta em cada região de escala hedônica de 9 pontos. A análise de preferência alimentar realizada com 119 estudantes portugueses teve o objetivo de verificar existe uma tendência de comportamento nas respostas de preferência alimentar, em dois grupos distintos, mas com as mesmas características, e então definir assim um padrão para uma escala de avaliação e tratamento de dados dessa natureza. Para tanto uma pesquisa de preferência alimentar foi realizada na Universidade do Minho, campus Guimarães. Os resultados obtidos revelaram que os comportamentos dos dados experimentais em regiões intermediárias apresentam intensidade de percepção e variabilidade de respostas diferentes de outras regiões da escala. Os dados tratados com a escala proposta foram mais satisfatórios em relação a desvios padrões, índice de consenso, em comparação com um tratamento tradicional. A escala proposta foi aplicada em modelo matemático que considerou a maximização de preferência alimentar, minimização de custo e minimização de colesterol como funções objetivos, além de considerar as recomendações nutricionais segundas as Dietary Reference Intakes (DRIs) como restrições do modelo. Como resultado o modelo apresentou uma dieta específica para ser servida em restaurantes universitários portugueses, com um preço condizente à realidade acadêmica e prevalecendo as preferências alimentares dos estudantes entrevistados, também considerando todos os requisitos nutricionais apresentados. Ou seja, a escala proposta neste trabalho além de tratar incerteza e considerar diferenças psicométricas entre as regiões da escala em dados de preferência alimentar se comporta muito bem ao ser utilizado em um modelo matemático para geração de dietas. Desta forma, conclui-se que a Escala Fuzzy Não Balanceada proposta é um método mais eficiente e robusto para tratamento de informações de preferências alimentares em comparação a um tratamento tradicional. |