Tecnologia e cultura nos quadrinhos independentes brasileiros
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2946 |
Resumo: | Esse estudo busca realizar reflexões sobre os significados, sentidos, tensões e contradições relacionados ao termo “independente” e sua contraparte, o termo “mainstream”, ligados ao processo de desenvolvimento das histórias em quadrinhos enquanto formação cultural. Essas reflexões são orientadas pelo conjunto de ideias de Raymond Williams, especialmente os conceitos de tecnologia, hegemonia e culturas alternativas, opositoras, residuais e emergentes. O trabalho está estruturado em cinco momentos. Primeiro as histórias em quadrinhos são abordadas como forma cultural e observamos as relações entre cultura e tecnologia no seu processo de formação. A seguir observamos particularidades desse processo dentro do contexto brasileiro. O terceiro momento apresenta os conceitos de Williams sobre culturas alternativas e antecipa a parte voltada para as intensas manifestações culturais da década de 1960 e seus desdobramentos. Finalmente, busca-se traçar uma visão geral do cenário de mudanças que se desenvolve a partir da década de 1980, enfatizando as histórias em quadrinhos publicadas no Brasil. A partir da observação do surgimento e consolidação de eventos como o Troféu HQ Mix e as feiras e bienais de quadrinhos, relacionados a novos processos de publicação e distribuição, buscamos analisar as obras e perfis de quatro autores contemporâneos de quadrinhos e compreender melhor os significados de termos como “independente”, “autoral”, “comercial”, “mainstream”, “alternativo” e outros, de uso comum nas diversas práticas das histórias em quadrinhos. Entre os resultados obtidos, notamos que: muitas das produções “independentes” contemporâneas apresentam características temáticas, estilísticas e materiais praticamente indistinguíveis das produções “mainstream”; algumas produções “mainstream” incorporam temas e propostas de culturas alternativas à hegemonia; o uso termo “independente” muitas vezes encobre as condições desfavoráveis de produção e sustento de diversos profissionais; considerando rigorosamente as culturas opositoras como um conjunto de ações de dimensão revolucionária, é difícil encontrar obras que efetivamente atendam a essa condição. |