Impacto do core training sobre as dores musculoesqueléticas e o desempenho físico de policiais militares do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Paraná

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Grani, Gabriel lattes
Orientador(a): Paulo, Anderson Caetano lattes
Banca de defesa: Paulo, Anderson Caetano, Rodacki, Cíntia de Lourdes Nahhas, Souza Júnior, Tácito Pessoa
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação Física
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4207
Resumo: Sabe-se que as dores musculoesqueléticas estão entre os principais problemas do Policial Militar, assim criar mecanismos que amenizem esse problema pode melhorar a performance física desses militares. Além disso, é desconhecida a performance física dos Policiais Militares do Paraná quando estão utilizando os equipamentos e armamentos usados no serviço rotineiro. Desta forma, identificar testes físicos e tarefas funcionais próximas da realidade exigida pela missão institucional pode ser uma forma interessante de otimizar o desempenho do policial durante a rotina do trabalho. Mecanismos, tais como determinados exercícios físicos voltados a reduzir dores musculoesqueléticas, também podem auxiliar na melhora da performance destes policiais. Assim, o estudo teve como objetivo geral verificar o impacto do Core Training no relato de dores musculoesqueléticas e no desempenho físico em policiais militares da CHOQUE, com e sem equipamentos de rotina. O estudo teve duração de onze (11) semanas e amostra de vinte (20) policiais militares, com uma média de 8,93±5,39 anos na PMPR e de 6,30±5,11 anos de atuação na Companhia de Polícia de Choque (CHOQUE) da Polícia Militar do Paraná. Os militares foram divididos em dois grupos: o Grupo Experimental (GE; n=10; 33,9 ±4,14 anos) teve o incremento de nove (09) semanas de Core Training, além das atividades regulares da CHOQUE, que envolve tanto a instrução quanto o treinamento e o trabalho de rotina a que os soldados são normalmente submetidos; o Grupo Controle (GC; n=10 29,4 ±3,59 anos) apenas seguiu normalmente com as atividades regulares no mesmo período. Os exercícios do Core Training foram aplicados três vezes por semana, em dias alternados, seguindo uma progressão programada. O Teste de Friedman demonstrou que, comparado ao Grupo Controle, o Grupo Experimental apresentou reduções significativas no relato de dores musculoesqueléticas (+10,3% vs -19,5%; p<0,05), em especial de dores lombares (-13% vs -44%; p< 0,05). A Anova para medidas repetidas revelou que o Grupo Experimental apresentou desempenho superior na resistência de força isométrica (prancha ventral -18% vs +26%; prancha lateral -37% vs +33% p< 0,05). Por fim, apenas o Grupo Experimental melhorou o desempenho demandas físicas específicas de perseguição e apreensão de suspeitos (+0,31 % vs +10,18% p< 0,05), quando o policial usou uniforme de educação física, no entanto essa melhora não foi reproduzida quando o policial utilizava o equipamento de rotina (-2,82% vs +7,86% p> 0,05). Com base nestes resultados, conclui-se que o treinamento da região do Core é capaz de reduzir dores musculoesqueléticas e melhorar o desempenho físico de policiais militares, enquanto eles não utilizam equipamentos de rotina. A sobrecarga de equipamentos e armamentos transportados pelos policiais da CHOQUE pode alterar sua postura durante os movimentos e os exercícios aplicados podem não ter atendido essa especificidade.