No pátio do Cabo Dito: memórias de uma favela em Pato Branco/PR (1968-2010)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Baldin, Rafael lattes
Orientador(a): Myskiw, Antonio Marcos lattes
Banca de defesa: Myskiw, Antonio Marcos lattes, Hahn, Fábio André lattes, Rocha, Humberto José da lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Francisco Beltrao
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/28774
Resumo: O presente trabalho consiste na escrita da história da favela do Cabo Dito, que existiu no município de Pato Branco/PR, entre os anos de 1968 e 2010. A pobreza, a miséria, a invisibilidade, a discriminação, os modos de vida cotidiana dos moradores do Cabo Dito são explicitados utilizando depoimentos orais com trinta e duas pessoas, cruzando-os com documentos de outra natureza. História Oral e Memória são dois conceitos-chave, que se somam ao aporte teórico do Marxismo inglês, que trata dos trabalhadores pobres e orienta sobre a escrita da História vista de baixo e a necessidade de dar vez e voz aos favelados e suas memórias do tempo que viveram em situações desumanas. A história da favela do Cabo Dito contribui para pensarmos a exploração econômica em diferentes cenários, a criação de redes de solidariedade e amizades entre os moradores da favela e seu entorno, a vida cotidiana sofrida por todos e, apesar disso, tinham momentos felizes. A destruição da favela foi uma estratégia de um grupo político e econômico para, via Prefeitura Municipal, desapropriar a área, alugar e construir casas a quinze famílias, em dois lugares distintos e, mais tarde vender a área para empresários. Dez anos depois, muitos dos ex-moradores da favela dizem que não foram ouvidos; que foram expulsos; que desejam voltar a morar no bairro onde existia a favela, pois a vida na casa cedida pela Prefeitura é difícil, quer para criar novos laços de sociabilidade, quer para deslocar-se ao trabalho e ao centro da cidade.