Cultivo consorciado de milho e soja
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Dois Vizinhos |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4391 |
Resumo: | O cultivo consorciado de milho e soja não é nenhuma novidade, entretanto a evolução das tecnologias/cultivares exige que informações sobre o tema sejam atualizadas. Além disso, o sucesso do cultivo consorciado de milho e soja depende do sincronismo correto entre os estádios fenológicos das espécies (momento da silagem) e do arranjo de plantas/linhas utilizado. Sendo assim, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a produção de forragem e a qualidade da silagem de consórcio de milho e soja, com cultivares de diferentes ciclo de maturação (experimento 1) e verificar a influência de diferentes arranjos entre linhas a produção de forragem, qualidade de silagem e rendimento de grãos de milho em consórcio, comparando com o cultivo de milho em monocultura (experimento 2). Ambos os estudos foram conduzidos na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Dois Vizinhos – PR, Brasil, em delineamento de blocos ao acaso com 4 repetições. O experimento 1 foi conduzido durante a safra 2016/17, com esquema fatorial 2 × 3. Os fatores consistiram de dois híbridos de milho (1: P1630YHR - ciclo precoce e 2: ciclo médio P30F53VYHR) e duas cultivares de soja (P95R51 - ciclo de maturação de 5,1; TMG7062 - ciclo de maturação de 6,2) e um tratamento controle, representado por milho em monocultura. Já o experimento 2, avaliou oito arranjos entre milho e soja (número de linhas e espaçamentos) em consórcio mais um tratamento com milho em monocultura. A colheita dos matérias para silagem foi realizado quando o milho se encontrava com 2/3 do grão já preenchido de amido, e a colheita para determinação do rendimento de grãos (estudo 2) foi realizada com aproximadamente 20% de umidade. Aplicou-se análise variância e quando se observou efeito significativo, teste de comparação de médias (Tukey). Para o estudo 2, comparou-se o tratamento de milho em monocultura com os sistemas de consórcio pelo teste t. A análise de dados foi realizada com o auxílio do software Sisvar 5.6. Para o primeiro estudo, observou-se que ao consorciar a soja com o milho, o rendimento de biomassa para silagem não é afetado. Também, constatou-se que ambas as cultivares de soja apresentam ciclos compatíveis para ensilagem com os híbridos de milho, uma vez que se encontravam em estágios fenológicos de R5.3 a R7 no ponto de ensilagem do milho. O híbrido de milho P30F53 produziu maior quantidade de biomassa que o P1630, o que também resultou em maior produtividade de proteína bruta (2.040 Kg ha-1). O consórcio P1630+P95R51, produziu 458 kg ha-1 de proteína bruta a mais que o cultivo de P1630 em monocultura. Quanto ao segundo experimento, a produtividade de biomassa de milho foi similar entre os arranjos, entretanto alguns arranjos apresentaram menor produtividade quando comparado com o milho em monocultura (3.000 kg ha-1, aproximadamente). Todavia, não foi observado diferenças entre os diferentes arranjos avaliados e o cultivo de milho em monocultura, para a produtividade total de biomassa. Averiguou-se que o maior rendimento de biomassa de soja, proporciona aumento da quantidade de proteína bruta da silagem e consequentemente por unidade de área. A massa de mil grãos e a produtividade de grãos por planta e por área foi afetada em alguns arranjos do consórcio milho e soja. Observa-se que a utilização de duas linhas de milho e duas linhas de soja (2M + 2S-30 cm) e/ou quatro linhas de milho + quatro linhas de soja (4M + 4S-30 cm), apresentam maior rendimento de proteína bruta por área associada ao rendimento de grãos de milho semelhante ao cultivo de milho em monocultura. Considerando os dados de ambos os experimentos, confirma-se que a soja cultivada em consórcio com o milho apresenta potencial para elevar o teor proteína bruta da silagem. |