My name is now: negociações e estratégias na representação de Elza Soares
Ano de defesa: | 2020 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/27856 |
Resumo: | O presente trabalho visa evidenciar as estratégias e negociações de representação da artista Elza Soares. Contrárias a práticas de apagamento e esvaziamento discursivo de agendas identitárias, usamos a interseccionalidade como ferramenta anticolonial e observamos os tensionamentos que a presença de Elza Soares gera em suas aparições. Propomos, ainda que de forma breve, uma narrativa para um universo fragmentado, capaz de provar que os frequentes apagamentos da trajetória dessa artista não são mero acaso. A partir da aproximação com os espetáculos A Mulher do Fim do Mundo (2015) e Deus é Mulher (2018), buscamos compreender o caminho da construção da identidade desse ser, que ora aparece ressurgido entre sacos de lixo e mais tarde sublime e radiante, sempre uma mulher preta. Cientes das violências históricas causadas por imagens de controle que insistem em fixar sentidos pejorativos propomos uma análise que foque na agência de Elza Soares que resistiu e se apropriou de marcadores frequentemente negativados para produzir sua arte e manter sua independência financeira e a de seus familiares. Ao apontarmos para as ausências e os dados alarmantes sobre a condição das mulheres, sobretudo, negras, no Brasil, deixamos explícito que muitas vezes as táticas de subversão e enfrentamento são ineficazes por não estarem aliadas a projetos governamentais, tendo em vista a grandiosidade do problema. Ao pensarmos no lugar simbólico que esses corpos ocupam, exercitamos nossa alteridade e enquanto consumidoras, criadoras e pesquisadoras de imagens somos convidadas a questionar nosso próprio agenciamento na quebra de paradigmas e reafirmar nossa postura vigilante diante de todo e qualquer potencial de liberdade. |