Qualidade da água de mananciais empregados na irrigação e lavagem de hortaliças da região de Apucarana, Paraná
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Apucarana Londrina |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3268 |
Resumo: | A atividade de irrigação e lavagem de hortaliças ingeridas in natura como os vegetais folhosos, podem veicular microrganismos patogênicos, nesse contexto, o monitoramento da qualidade da água é fundamental para determinar o seu enquadramento e destinação. A bactéria Escherichia coli é utilizada como uma ferramenta para avaliar a contaminação fecal dos recursos hídricos. Neste sentido, esta pesquisa teve como objetivo avaliar a qualidade microbiológica e físico-química de águas destinadas à irrigação e lavagem de hortaliças em propriedades rurais da região de Apucarana, Paraná. Nos meses de julho e setembro foram coletadas amostras de água em 9 propriedades que fazem uso de mananciais superficiais e subterrâneos para irrigação e lavagem de hortaliças. Foi aplicado um questionário aos produtores para o levantamento de dados referentes ao manejo da produção e destinação dos produtos cultivados. Foi utilizada a técnica de membrana filtrante em ágar MTEC Acumedia para a quantificação e identificação de E. coli e de outras bactérias com potencial patogênico. Para a diferenciação e isolamento das bactérias de interesse, foi utilizado o meio Difco CHROMagar Orientation. As colônias indicativas com potencial patogênico foram isoladas e submetidas a testes bioquímicos, de suscetibilidade a antibióticos e sanitizantes clorados e ácido acético. Avaliou-se os parâmetros físico-químicos como pH, temperatura, oxigênio dissolvido, sólidos totais, turbidez, nitrito e nitrato. Das 36 amostras avaliadas foram encontradas contaminação por E. coli em 72%, E. cloacae 83% e E. faecalis em 2,8%. Os testes de sensibilidade aos antimicrobianos mostraram isolados de E. coli maioritariamente sensíveis, no entanto foi observado resistência a Ampicilina, Tetraciclina e Cloranfenicol determinando a mutiresistência da bactéria. A resistência a Ampicilina e Tetraciclina foi verificada por E. cloacae e E. faecalis. O sanitizante de melhor desempenho foi a água sanitária na proporção de 1:60 (200 ppm), o desinfetante de alimentos e o vinagre mostraram pouca ou nenhuma ação sobre os microrganismos. Os parâmetros físicos e químicos foram compatíveis com a Resolução CONAMA 357/05 e 396/08 para águas de classe I, com exceção dos parâmetros de OD em P6 e P7 e da turbidez que assinalou 43 UNT no P7 em água de irrigação. Somente as águas de irrigação e lavagem do P5 mostram-se próprias para a finalidade proposta durante os dois períodos avaliados. Os demais pontos não atenderam aos critérios recomendados pela legislação em pelo menos um dos períodos avaliados. |