A influência da industrialização na territorialidade urbana da região metropolitana de Curitiba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Azzulin, Mayara Bormann lattes
Orientador(a): Fernandes, Valdir lattes
Banca de defesa: Moura, Edilberto Nunes de lattes, Silva, Maclovia Correa da lattes, Fernandes, Valdir lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/25108
Resumo: O modelo de formação do urbano no território brasileiro foi baseado em políticas orientadas por questões econômicas. Com isso, de forma natural, as indústrias se instalaram no mesmo período em que foi exigido das cidades políticas voltadas ao desenvolvimento territorial sustentável. No caso do Paraná, a industrialização esteve focada na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), porém nota-se uma discrepância entre os diversos índices apresentados pelos municípios da região, trazendo o questionamento sobre o modelo imposto para essa área. Desta forma, o objetivo geral desta pesquisa foi avaliar como a industrialização influencia na territorialidade urbana da RMC. Para isso a metodologia da pesquisa foi dividida em seis fases. A primeira identifica os temas norteadores do projeto (territorialidade urbana e industrialização), sendo realizado um levantamento legislativo prévio referente aos municípios da RMC. Como se trata de um estudo de caso, optou-se por segmentar a segunda fase entre conhecimento teórico e compreensão técnica. Na terceira fase, foram definidas fontes de embasamento do estudo a partir da legislação pertinente (lei de uso e ocupação do solo) e do uso dos satélites LANDSAT 1 e LANDSAT 8; em relação às imagens de satélite foram testadas as classificações supervisionadas (MAXVER) e não supervisionada (NDVI), sendo que todas as informações coletadas desta etapa resultaram em dados vetoriais. Com os resultados obtidos até então, na quarta fase se iniciaram análises teórico-conceituais, especialmente do ponto de vista empírico (do SR). Também foram selecionados indicadores e índices de análise, nos quais a urbanização e o desenvolvimento sustentável serviram como base. Na quinta e penúltima fase foram sintetizadas as informações no sentido do nível municipal para o nível regional. Por fim, na última etapa, confirma-se a RMC como industrializada, porém observando essa política concentrada nos municípios próximos à capital. Entre as duas classificações de imagem de satélite, a mais indicada para a região foi a de classificação não supervisionada (NDVI). Através da densidade kernel, confirmou-se a existência de uma concentração industrial ao lado leste da RMC – região, inclusive, que contempla ampla superfície de áreas protegidas ambientalmente. Nota-se também que as cidades não contempladas pelas políticas públicas regionais de industrialização, ainda reservam boa parte de sua área urbana para a indústria. De posse dos resultados do NDVI, observa-se que, além do crescimento exponencial de áreas urbanas, a industrialização implicou na redução da vegetação densa na região. Verifica-se ainda, que os municípios mais periféricos da RMC – aqueles que vinculam a maior porcentagem de suas áreas urbanas para industrialização – são os que possuem índices mais baixos do IDH e valores elevados do GINI. Diante dessas constatações, conclui-se que a destinação de áreas específicas para industrialização é uma política importante tanto do ponto de vista ambiental quanto social. Nessa perspectiva, destaca-se que a industrialização não deve ser aplicada apenas com a finalidade de aumento do PIB da região, já que essa medida não influenciará diretamente em outros indicadores que envolvam a população de fato.