Fermentação semissólida de okara com Saccharomyces cerevisiae r. f. bayanus visando a biotransformação de isoflavonas e melhoria da qualidade nutricional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Giongo, Camila Nascimento
Orientador(a): Cunha, Mário Antônio Alves da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/704
Resumo: O okara é uma biomassa gerada no processamento do extrato hidrossolúvel de soja e do tofu. Tal biomassa tem elevada qualidade nutricional em função do conteúdo de proteínas, fibras e compostos bioativos como as isoflavonas. É gerado em grandes quantidades pela indústria processadora de soja como um subproduto e embora se trate de um material de baixo valor comercial possui em sua composição moléculas com potencial nutricional e funcional. As isoflavonas estão presentes na soja principalmente nas formas conjugadas (β-glicosídicas, acetil e malonil) e, em menor proporção, nas formas livres (agliconas). Diversos estudos comprovam a eficiência das isoflavonas agliconas na prevenção de doenças crônicas. Algumas tecnologias têm sido empregadas para a bioconversão das isoflavonas β-glicosídicas em agliconas baseadas na ação de enzimas β-glicosidases sintetizadas por micro-organismos. Neste contexto, o presente trabalho objetivou a bioconversão de isoflavonas presentes no okara através de fermentação semissólida por Saccharomyces cerevisiae r. f. bayanus, buscando melhorar a qualidade nutricional e propriedades biológicas do okara para uso como ingrediente em produtos alimentícios. A fermentação semissólida foi conduzida a 28 °C durante 72 horas. O processo contribuiu para o aumento dos teores de proteínas e redução do conteúdo de fibra bruta o que pode contribuir para melhorar a digestibilidade do produto. A fermentação proporcionou a biotransformação de isoflavonas conjugadas em agliconas, o que levou ao aumento da quantidade de compostos fenólicos, capacidade antioxidante da biomassa e consequente melhoria da qualidade nutricional. A biotransformação das isoflavonas do okara por processo fermentativo mostrou ser uma estratégia promissora para agregação de valor e melhor aproveitamento da biomassa.