Análise das configurações da Regional CIC: um estudo de caso do comportamento emergente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Bazan, Luciana Borges
Orientador(a): Dergint, Dario Eduardo Amaral
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Tecnologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/353
Resumo: Compreender o comportamento emergente nos territórios urbanos é fundamental para estudar e direcionar com maior eficiência as políticas públicas. Considerando que as emergências urbanas são elementos presentes no cotidiano das cidades não é possível ao Estado não levá-las em conta ao formular suas ações púbicas. Tomando como premissa que a sociedade é um corpo vivo, onde cada órgão cumpre uma função, busca-se o caminho para instrumentalizar ações políticas adequadas às emergências urbanas. Assim, o objetivo do estudo é refletir sobre o comportamento emergente a partir do estudo de caso da Regional CIC, levando em conta os aspectos do planejamento político e aqueles relativos à auto-organização dos espaços e territórios. O estudo, em seus métodos de pesquisa, é exploratóriodescritivo, com delineamento analítico e configurando-se como estudo de caso. A análise realizada é qualitativa, buscando a relação do caso concreto descrito com a literatura estudada e o universo de pesquisa corresponde à cidade de Curitiba, tendo como amostragem direta a Regional CIC. Por meio do estudo literário levantou-se que o comportamento emergente nos espaços urbanos é uma constante, especialmente em cidades ou territórios em constante desenvolvimento como é o caso da cidade de Curitiba – PR. Os sistemas emergentes são resultado de processos que envolvem ordem e desordem e auto-organização, tendo os sistemas de redes como elemento para sua constituição. As emergências urbanas, seguindo os conceitos emergentistas, não podem ser previstas ou planejadas, surgem a partir de um processo auto-organizado, de baixo para cima, onde níveis inferiores produzem novas propriedades com características complexas. Ao analisar a criação da Regional CIC percebe-se que diversos elementos emergentes estão presentes, tendo destaque os seguintes: Criação da Cidade industrial de Curitiba, regionalização e territorialização, desterritorialização (desmembramento do bairro), redes setoriais planejadas ou não e interorganizacionais e ênfase aos aspectos humanos e éticos. Percebe-se que as políticas públicas analisadas têm elementos emergentes, pois são descentralizas, trabalham em sistema de redes, trocam informações constantes com a comunidade e procuram influenciar, sem controlar, os territórios em desenvolvimento. Pode-se concluir que as políticas públicas não devem buscar o controle dos movimentos urbanos e dos processos emergentes, mas incentivar a criatividade e a capacidade de auto-organização dos grupos sociais, sendo ela mesma, um dos componentes dos sistemas urbanos emergentes.