Sistemas agroflorestais (SAFs): experiências no sudoeste do Paraná
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/5211 |
Resumo: | As formas de praticar agricultura sofreram mudanças ao longo do tempo, tornando-se versáteis e buscando moldar-se para melhor atender à necessidade do agricultor.Surgiram adaptações, inovações e tecnologias, mas a essência de produzir alimentos ainda se mantém. Nesses termos, os sistemas agroflorestais são o formato de agricultura que mais se assemelham aos processos que ocorrem na natureza, pois sofrem menos impactos da intervenção do homem. A implantação das agroflorestas na região sudoeste do Paraná surgiu como uma possibilidade de empreender na agricultura familiar, buscando uma estratégia de produção viável,com vistas ao incremento da produtividade, resultando no aumento da renda, aliado a diversificação dos produtos e a formas de produção sustentável, em especial na manutenção da fertilidade do solo. A implantação das agroflorestas estava inserida no Projeto Tecnologias Ecológicas (PTE) que foi uma iniciativa da ASSESOAR, e contou com o apoio do grupo de pesquisa em Agroecologia e Agricultura Familiar da UTFPR Campus Dois Vizinhos. Assim, essa pesquisa buscou compreender os avanços e limites da proposta de implantação das agroflorestas para o Sudoeste do Paraná, com o objetivo de realizar uma avaliação técnica e social das unidades de agroflorestas implantadas na região no ano de 2010/2011, e avaliar as condições de solos, através de comparação dos níveis dos atributos químicos desses solos entre os anos 2011 e 2019, buscando visualizar as possíveis melhorias das condições de fertilidade. A metodologia utilizada foi a aplicação de questionários semiestruturados para obtenção dos dados socioeconômicos, além da coleta de amostras de solo estratificadas em profundidades de 0-5 cm, 5-10 cm e 10-20 cm, submetidas às análises de rotina segundo o protocolo padrão. Das 40 agroflorestas implantadas em2010/2011, restam apenas oito. Destas, três não estão efetivamente obtendo renda.De maneira geral, houve redução dos parâmetros de fertilidade dos solos em relação ao período de implantação, ou seja, a fertilidade dos solos na maioria dos SAF’s não foi mantida. Isso decorre pois, os SAF’s estudados operam com poucas intervenções e não conduzem o manejo intensivo de um SAF. Apesar do fato de que os dados das análises de solos não demonstraram que os SAF’s ocasionam a melhoria da fertilidade dos solos, tem-se que considerar que, quase na totalidadedos SAF’s estudados (se não em todos), o manejo não estava sendo realizado da forma preconizada para um SAF regenerativo. No entanto, pode-se afirmar que as agroflorestas trazem crescimento econômico, bem como, propiciam a melhoria das condições de solo na área implantada. |