Perspectivas e potencialidades da agroindústria brasileira do frango com a indústria 4.0

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Bastiani, Débora Soares de
• Orientador(a): Trentin, Marcelo Gonçalves
• Banca de defesa: Oliveira, Gilson Adamczuk , Trentin, Marcelo Gonçalves , Meiriño, Marcelo Jasmim
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná; Pato Branco
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Indústria de tecnologia de ponta; Automação; Agroindústria; High technology industries; Automation; Agricultural industries
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA DE PRODUCAO
• Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/24705

A partir do lançamento do plano de desenvolvimento tecnológico da Alemanha,denominado High-Tech Strategy 2020, em 2010, o conceito de Indústria 4.0 passou a ser conhecido no mundo inteiro como ideia inovadora para fortalecer o ramo manufatureiro.No ramo da atividade produtora de carnes e produtos cárneos de frango, a implementação de princípios e pilares desse novo conceito têm sido almejados, principalmente dado o elevado nível de competitividade no mercado nacional e internacional.No Brasil, no ramo de agroindústrias de frango, a implementação dessas tecnologias ainda está em processo lento devido ao alto custo, à cultura organizacional e, principalmente, pela incerteza de retorno do investimento. O estudo se concentra na caracterização da Indústria 4.0 para a realidade da agroindústria do frango, cujo objetivo consiste em identificar a situação atual das agroindústrias brasileiras ligadas ao abate frango, como estão se preparando e lidando com relação às perspectivas e potencialidades da Indústria 4.0. São levada sem consideração três importantes dimensões, tecnologia, pessoal e gestão, possibilitando a sua caracterização e orientações visando auxiliar implantações futuras neste segmento.Com base em uma revisão de literatura foi possível estabelecer os elementos caracterizadores da Indústria 4.0 para as agroindústrias de frango, permitindo a elaboração de um instrumento que auxiliou no levantamento e obtenção de informações.Em seguida, realizou-se uma pesquisa de campo, de natureza exploratória (estudos de caso), em duas empresas de portes e níveis de tecnologia empregadas em suas máquinas e processos divergentes, que possibilitou identificar junto aos usuários as facilidades e dificuldades em relação às três dimensões estudadas (pessoal, tecnologia e gestão), além de levantar potenciais necessidades para que empresas do ramo estudado se integrarem às perspectivas da Indústria 4.0.O instrumento elaborado permitiu o levantamento e obtenção de informações,identificando a situação atual das agroindústrias brasileiras ligadas ao abate frango.Por meio dos estudos de casos realizados, observa-se que a empresa que possui mais automatização em sua planta está um pouco mais preparada para esse novo paradigma produtivo da Indústria 4.0 do que a outra empresa estudada. Identificou-se a disponibilidade de equipamentos e inovação tecnológica para esse ramo de atividade, interesse dos profissionais atuantes nessas indústrias e utilização de ferramentas que garantem visão em tempo real como principais facilidades para implantação da Industria 4.0 nesse setor. Como principais dificuldade se potenciais necessidades, identificou-se a deficiência de realização de capacitações pelas empresas, falta de planejamento e realização de investimentos em tecnologias necessárias para a implantação da Indústria 4.0, alinhamento da estratégia e cultura organizacional das empresas para esse novo conceito de indústria, preparação das pessoas para esse novo perfil profissional, utilização de tecnologias que processam grandes volumes de dados e ferramentas que garantem a integração de sistemas. Com os resultados obtidos nessa pesquisa foi possível identificar que a agroindústria do frango brasileira, apesar dos investimentos em máquinas e equipamentos modernos, ainda tem um longo caminho para integrar-se ao novo paradigma produtivo da Indústria 4.0. Mesmo as indústrias de maior capacidade, consideradas mais automatizadas, ainda tem muito que se aprimorar em todas as três dimensões estudadas.