Usos e apropriações de tecnologias no cotidiano do jornalismo guiado por dados
Ano de defesa: | 2015 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1897 |
Resumo: | Esta dissertação aborda como profissionais do jornalismo, através das práticas do cotidiano, se apropriam de artefatos e tecnologias computacionais para trabalhar com Jornalismo Guiado por Dados e, especificamente, com visualizações de dados. Para isso, considera-se que é no cotidiano que as tecnologias são apropriadas por quem as usa, e que este uso leva as tecnologias a uma estabilização, na qual elas deixam de ser percebidas como um elemento estranho. Os modos de uso dos artefatos também são considerados enquanto elementos construtores de identidades. O objeto principal da pesquisa são seis profissionais que fazem uso de artefatos e técnicas do Jornalismo Guiado por Dados no seu dia a dia. Através de entrevistas e observações, foram levantadas algumas maneiras através das quais as práticas e apropriações de tecnologias constroem as identidades de quem faz uso delas e levam os artefatos à estabilização. A análise das práticas do cotidiano colaboraria para uma visão menos instrumentalista no desenho de artefatos e também no ensino de técnicas, legitimando assim os modos de uso de cada pessoa. Para entender essas práticas do cotidiano, são apresentados os conceitos de “táticas” e “estratégias” com o objetivo de situar as relações de poder do cotidiano e como as pessoas podem subvertê-las, e conceitos dos estudos em Ciência, Tecnologia e Sociedade como SCOT – construção social da tecnologia – e códigos técnicos, para analisar os processos que levam à estabilização de uma tecnologia. Relacionando esses conceitos com o jornalismo, é analisada a conotação de neutralidade dos grandes conjuntos de dados e comparando-a com a ideia de neutralidade da tecnologia. O Jornalismo Guiado por Dados é então relacionado a algumas taxonomias de gêneros e formatos jornalísticos, e é apresentado um breve histórico do uso do computador no jornalismo, para situá-lo dentro do jornalismo de modo geral e nas identidades jornalísticas que são construídas através das tecnologias consumidas no cotidiano. Por sua vez, é apresentado como os produtos jornalísticos derivados de grandes bases de dados propõem outro tipo de relação entre o jornalismo e o público, especificamente através da visualização de dados. São consideradas as possibilidades da visualização como forma de explorar e/ou comunicar grandes conjuntos de dados, assim como formas de leituras que elas propiciam. São descritos alguns processos para produzir visualizações de dados e mostrados exemplos de visualizações usadas no jornalismo, além de descrições de ferramentas de software usadas no Jornalismo Guiado por Dados. Como conclusão principal, defende-se que a legitimação das táticas, assim como uma visão menos instrumentalista e determinista do computar e de outras tecnologias, colaboraria para que mais pessoas se aproveitem dos recursos do Jornalismo Guiado por Dados e das visualizações. |