Estudo dos processos de descoloração do corante vermelho reativo 239 pelo fungo de podridão branca Trametes cingulata JUMAD075
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Londrina |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/31375 |
Resumo: | O processo de tingimento industrial têxtil gera águas residuais contendo moléculas tóxicas prejudiciais aos ecossistemas. Os corantes azo encontradas em efluentes de têxteis são muito perigosos para saúde dos seres humanos, pois possuem o grupo azo (N = N), reativo com ácidos nucleicos da estrutura do DNA. Estes efluentes podem ser tratados por métodos físico-químicos e/ou biológicos. No tratamento biológico destes efluentes podem ser utilizados os fungos de podridão branca com o enfoque em duas vias: a produção de enzimas ligninolíticas (lacase, manganês peroxidase e lignina peroxidase) para degradação de moléculas de corantes, e/ou pela adsorção destas moléculas à biomassa micelial dos fungos. Neste sentido, o alvo desta pesquisa foi a realização de estudos in vivo para seleção de novos fungos capazes de realizar a biodegradação de corantes azo. O fungo Trametes cingulata JUMAD075 foi selecionado dentre quatro outros, realizada caracterização molecular e levado à aprofundamento dos estudos e otimização de condições de cultivo para biodegradação. O fungo apresentou atividade de lacase de 10,69 U/mL e 40% de descoloração do corante azo Vermelho Reativo 239 (0,2 g/L) em 12 dias. A otimização de condições de cultivo do fungo foi realizada através de um delineamento experimental multifatorial, para maiores respostas de atividade enzimática e descoloração do corante azo. Foi identificada a suplementação ideal de sulfato de cobre (2,5 g/L), extrato de levedura (8,5 g/L) e tempo de cultivo (12 dias), com produção de 10,290 U/mL de lacase, de 0,016 U/mL de lignina peroxidase, 0,003 U/mL de manganês peroxidase e descoloração de 64% (m/v) nas condições otimizadas. Foi realizado experimento para análise da eficiência na descoloração com pool de enzimas 1% (m/v) (atividade de lacase de 7,332 U/mL) extraídas de cultivo otimizado, com diminuição de em média 34% da cor do corante. A biomassa do fungo foi analisada por espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier, sendo identificada uma possível adsorção de grupos funcionais do corante ao micélio fúngico. Em análises de microscopia eletrônica de varredura, foram obtidas imagens que permitem diferenciar aspectos que sugerem a via de adsorção. Foi possível concluir que o microrganismo T. cingulata JUMAD075 possui capacidade de realizar o tratamento de efluentes contendo corantes azo, sendo capaz de atuar, por duas vias, a biossorção ao micélio fúngico e a biodegradação enzimática. |