A multiscale approach for gas hydrates considering structure, growth kinetics, agglomeration, and transportability under multiphase flow conditions
Ano de defesa: | 2020 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica e de Materiais
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/24699 |
Resumo: | Um problema reportado mundialmente pelas companhias de petróleo é a obstrução das linhas de produção devido à formação de hidratos de gás, um cristal que se forma e aglomera ocasionando restrições parciais ou totais. Isso leva à perda de ganho de capitais devido à parada de produção, e também pode ocasionar riscos ambientais e de segurança. A principal estratégia de produção consiste em evitar a formação de hidratos pela injeção de um volume consideravelmente grande de inibidores químicos. Visando a redução dos custos de produção, uma nova estratégia está em pesquisa, chamada de gerenciamento de hidratos (hydrate management). Esta consiste em deixar os hidratos se formar, porém em garantir (gerenciar) o seu escoamento estável sem nenhuma obstrução. Esta estratégia necessita de um conhecimento mais aprofundado dos processos fora do equilíbrio, tais como a cinética de crescimento, a aglomeração e a transportabilidade dos cristais. Esta tese descreve de uma maneira quantitativa parte destes processos. Vários conceitos multidisciplinares (transferência de calor e massa, cristalização, meio poroso, escoamento multifásico) e provenientes de diferentes escalas são explorados nesta tese, o que leva a novas interpretações dos fenômenos físicos. Os cristais de hidratos são porosos e hidrofílicos e portanto atuam como esponjas que aprisionam água, sendo que a cristalização ocorre principalmente nas paredes dos seus capilares (1ª nova consideração). A permeabilidade através da partícula porosa fornece água à sua superfície externa, promovendo a formação de pontes de líquido após a colisão entre partículas, o que leva à aglomeração (2ª nova consideração). Subresfriamentos mais altos se mostram capazes de promover um selamento rápido das partículas, diminuindo a taxa de permeabilidade e promovendo partículas inertes à aglomeração, chamadas partículas secas (dry particles). Além disso, aditivos com propriedades surfactantes diminuem a taxa de permeabilidade, o que explica o efeito antiaglomerante dos mesmos. Diversos mecanismos são discutidos a partir da modelagem da cinética de crescimento e da aglomeração de hidratos a partir de um balanço populacional acoplado a um modelo de escoamento multifásico em regime permanente. Testes de sensibilidade do modelo evidenciam uma classificação geral dos sistemas em função de quatro tipos de processos de limitação da cristalização: pelo decrescimento da superfície ativa de cristalização, pela dissolução de gás, pela transferência de calor ou pela queda de pressão. Para aplicações de engenharia, o modelo é simplificado a um critério adimensional que determina a produção estável em sistema óleo-dominante, possuindo a forma Ba ∞ Da Re -n , que relaciona os números de Damköhler e Reynolds (resumo gráfico). Esta expressão ainda necessita de mais testes para determinar o formato exato dos grupos adimensionais. Porém, uma forma absoluta (dimensional) para este critério é proposta em função do subresfriamento, da fração de água, da velocidade da mistura e das propriedades interfaciais, e apresenta concordância em comparações preliminares com dados experimentais. Este critério evidencia que, quando os hidratos de gás se formam em sistemas óleo-dominante, quanto mais rápido for o selamento da partícula, mais rápido a mesma se tornará seca, promovendo aglomerados menores e, portanto, requerendo menores velocidades para estabilizar a suspensão. Outro grupo adimensional La = f (Da,Re) é proposto para explicar interações entre partícula e parede e com aplicação para modelagem de deposição de hidratos em trabalhos futuros. Se o uso destes dois novos grupos adimensionais se mostrar consistente quando comparados e regredidos com bases de dados mais extensas, espera-se atingir um novo marco em como as linhas de produção de óleo e gás são projetadas. |