As interfaces como artefatos mediadores e sua evolução em um programa de leitura em língua inglesa a distância
Ano de defesa: | 2002 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/27127 |
Resumo: | Com o intuito de contribuir para uma melhor compreensão dos elementos presentes na interação SHC e aprimorar o canal de comunicação na EaD, esta dissertação teve como objetivo verificar se as interfaces computacionais de um curso de leitura em língua inglesa a distância via web mediam a atividade humana de forma amigável. Para tanto foi realizada uma investigação descritiva da evolução de tais interfaces buscando-se uma perspectiva para a análise através da aproximação da teoria da atividade e dos conceitos de gênero, enunciado e dialogismo. O enfoque de análise qualitativo e a participação da pesquisadora como usuária possibilitaram observar os problemas de compreensão, de mensagens obscuras e de erros, decorrentes da utilização das interfaces computacionais. Os objetivos desta pesquisa foram satisfatoriamente atingidos pois, a partir da compreensão da relação de uso entre a aplicação computacional e o usuário, mesmo com as limitações encontradas durante o estudo, foi possível realizar a análise das interfaces computacionais do programa piloto ‘Auto-instrução em Leitura em Inglês via rede para pós graduandos’ e sua evolução no curso ‘Ensino auto-direcionado de leitura em inglês’. Através da análise comparativa das interfaces e com o auxílio das concepções teóricas apresentadas, constatou-se que as funções comunicativas são expressas por vários tipos de linguagens. Estas funções, apesar de se dirigirem ao usuário plural, adquirem significações idiossincráticas resultantes da interação do usuário com a interface. Comprovou-se que as interfaces computacionais representam para o usuário as condições de uso do artefato e a maneira através da qual as ações podem ser realizadas, através do apoio ou impedimento de certas operações. Elas são compostas por várias representações com capacidade comunicativa e têm como papel principal promover e facilitar a relação do usuário com um objeto. Entretanto as representações das interfaces quando ineficientes causam dificuldades ao usuário levando-o a acionar operações inapropriadas ou indesejadas que resultam, por vezes, em impedimento de ações, ou seja, rupturas. Ficou evidenciado que as interfaces do projeto piloto sofreram modificações as quais indicam a evolução de algumas de suas características e a manutenção de outras. Observou-se que as potencialidades da mídia passaram a ser mais bem exploradas no curso, conferindo um maior grau de amigabilidade às interfaces e facilitando o processo de interação SHC. Concluiu-se que o grau de amigabilidade das interfaces depende tanto do seu design como do conhecimento prévio de seus usuários. Estes necessitam de interfaces computacionais que comuniquem o seu propósito e sejam auto-explicativas, funcionais, eficientes e amigáveis permitindo que a atenção do usuário se mantenha na tarefa a ser desempenhada e não na operação do artefato. A partir dos resultados da pesquisa pode-se afirmar que os artefatos computacionais além de evoluírem rapidamente e necessitarem de especialistas de áreas diversas para o seu desenvolvimento, requerem constante reavaliação pois a sua utilização pode sofrer modificações dentro da atividade de uso. Ao conhecer e lançar mão das características e possibilidades do gênero hipermidiático, o designer pode promover a compreensão responsiva do usuário. Desse modo designers e usuários serão capazes de utilizar os recursos existentes de forma mais adequada. |