Gestão do risco de crédito das cooperativas de crédito na região sudoeste do Paraná
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1101 |
Resumo: | As cooperativas de crédito são regidas pelos mesmos princípios cooperativistas, mas agregam funções financeiras como os bancos tradicionais. A solidariedade na área financeira permite que as cooperativas de crédito levem aos seus cooperados os fundos poupados ou repassando os de desenvolvimento governamental das políticas públicas em forma de crédito. É evidente, no entanto, que nem sempre os “apoios” são devolvidos da mesma maneira como foram recebidos, neste mundo de muita perfeição e de alta competitividade. Assim, integra o elemento estranho no meio onde se imagina seu difícil acesso, a falta de confiança no cumprimento do contrato de crédito contraído pelos credores (cooperados). É conhecido como Risco de Crédito ou de um eventual não pagamento das dívidas contraídas pelos cooperados, o principal fator para processo de Gestão de Risco de Crédito nas instituições cooperativas do mundo. Desse modo, se insere o problema da pesquisa, sendo nova a gestão de risco nas cooperativas de crédito e num mercado assombrado pelas crises financeiras, e com isso se questiona: em que medida ou em que ponto o cumprimento das normas da gestão de risco de crédito nessas instituições vem sendo atendido? Com base nessa preocupação, traçaram-se os objetivos, que apontam em avaliar as práticas de gestão de risco em cooperativas de crédito do Sudoeste do Paraná (PR) de acordo com as resoluções do Conselho Monetário Nacional (CMN). Para isso, tem-se como objetivos específicos: listar as práticas de gestão de risco necessárias para a concessão de crédito; identificar de que forma estão sendo abordadas as práticas de gestão de risco de crédito, considerando-se normas de CMN; verificar qual é o impacto da gestão de risco percebido pelos gestores nas cooperativas de crédito; levantar em termos quantitativos quanto essas cooperativas perdem anualmente em inadimplência (default); comparar as práticas das cooperativas pesquisadas entre si e com as resoluções do CMN. O trabalho se justifica pela importância do processo de gestão de risco para as instituições cooperativas, para a academia e pela contribuição no reforço àquilo que o CMN vem recomendado nas suas resoluções. Para se atingir os resultados pretendidos, foi aplicado um estudo de caso múltiplo nas cooperativas CRESOL, SICOOB e SICREDI/PR, com abordagem qualitativa e quantitativa, em parte com dados secundários e primários. Os dados secundários foram levantados por meio da revisão da literatura referente às áreas de cooperativismo em geral e de crédito, a gestão de risco de crédito e normas e as resoluções do CMN sobre o tema, além de informações nos Relatórios Financeiros das três cooperativas. Os dados primários foram levantados por meio de aplicação de questionário nessas instituições, sendo entrevistados os Gerentes de Crédito, o Assessor Sênior da Controladoria e o Assessor e Supervisor de Crédito. Os dados levantados foram comparados entre as informações dos entrevistados da mesma instituição e depois com as outras, sendo que, na análise dos dados, os nomes das mesmas (instituições) deixaram de ser citadas e foi atribuído o nome de CASO (CASO1, CASO2, e 3 ). Foi identificada uma preocupação com a gestão de risco nessas instituições. Também se percebeu que o crédito só é liberado quando passa por análise de, no mínimo, três pessoas. Existem procedimentos de análise de crédito que seguem todas as alçadas necessárias para que a proposta seja deferida e também são avaliados de acordo com a renda do proponente e as cooperativas singulares são classificadas de acordo com seus patrimônios de Referências (PR) e Patrimônios de Referências exigidas (PRE), para receberem crédito das suas centrais e até para liberarem crédito aos seus cooperados Pessoa Jurídica, caso existam. Mesmo assim, foram localizadas as perdas (prejuízos), algumas mais acentuadas do que outras. Percebe-se que ainda existem reduzidos estudos sobre gestão de risco nas cooperativas de crédito, dada à situação em que se encontravam as mesmas, mas atualmente vale reforçar as pesquisas para conhecer como essas instituições lidam com a gestão de risco de crédito e outros riscos. |