Jornalistas e redes sociais: o trabalho dos profissionais que atuam em agências de comunicação e sua relação com as prescrições sobre o Facebook
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/30799 |
Resumo: | As redes sociais estão entre as plataformas digitais mais utilizadas no mundo. O Brasil, em especial, ocupa as primeiras posições nos rankings de uso dessas plataformas para fins pessoais e profissionais. Os trabalhadores da área de comunicação, com destaque aos jornalistas que atuam em agências de comunicação, são alguns dos profissionais que passaram a ocupar postos de trabalho diretamente relacionados às redes sociais. Com o declínio das mídias tradicionais, como revistas, jornais, rádios e TVs, eles saíram das redações jornalísticas e hoje produzem, em grande parte do tempo, conteúdos para os ambientes digitais, entre os quais se ressaltam as redes sociais. Esse movimento acarreta inúmeras transformações nas rotinas de trabalho, a começar pela necessidade de uma atuação flexível e em multiplataforma. Outra demanda que surge para esses profissionais é a necessidade de atualização constante, uma vez que os critérios utilizados pelas redes sociais e seus algoritmos mudam frequentemente. Dentro desse contexto, assumem relevância as orientações e prescrições apresentadas pelas próprias redes sociais e também pelos chamados especialistas em marketing digital. Assim, essa pesquisa discutiu a seguinte pergunta-problema: de que forma as prescrições das redes sociais e dos especialistas em marketing digital influenciam e orientam o trabalho dos jornalistas que atuam em agências de comunicação? Para isso, estudamos essas prescrições, o contexto de trabalho desses profissionais e possíveis desdobramentos. Como objeto dessa pesquisa, optamos pela plataforma Facebook, pertencente à empresa Meta Platforms. Essa plataforma foi escolhida por se tratar da maior rede social do mundo, sendo utilizada por boa parte dos jornalistas que atuam em agências de comunicação. Além disso, a maioria das prescrições do Facebook é aplicável a outras redes sociais pertencentes à Meta Platforms, o que torna essa análise mais abrangente. O corpus da pesquisa é formado por dois tipos de documentos: (1) Termos e políticas de uso apresentados pela Meta Platforms; (2) Conteúdos divulgados por especialistas em marketing digital, aqui representados pela empresa Rock Content. O material foi analisado com o apoio de ensinamentos da Análise do Discurso de tradição francesa, levando-se em consideração o contexto sócio-político e ideológico de produção das narrativas. O objetivo principal dessa pesquisa foi entender como as prescrições difundidas pelo Facebook e pela Rock Content se relacionam com as mudanças no trabalho dos jornalistas que atuam em agências de comunicação. O pressuposto considerado foi que, mais do que simplesmente veicular conteúdos nas redes sociais, o trabalho dos jornalistas que atuam em agências de comunicação torna-se dependente dessas plataformas. Além disso, por estar imerso em um contexto de acumulação flexível, o trabalho desses profissionais passa a conter características inerentes a um trabalho plataformizado. Com essa investigação, foi possível ampliar o entendimento a respeito do trabalho desenvolvido pelos jornalistas que atuam em agências de comunicação, em especial no que concerne às lógicas de plataformização empreendidas pelas redes sociais. |