Estudo da degradação e propriedades físico-químicas do extrato aquoso da casca de laranja das espécies Citrus sinensis e Citrus aurantium

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Spode, Emanueli Fernanda lattes
Orientador(a): Lobo, Viviane da Silva lattes
Banca de defesa: Lobo, Viviane da Silva lattes, Amorim, Magali Silva de lattes, Eising, Renato lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Toledo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Processos Químicos e Biotecnológicos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/23760
Resumo: A laranja é uma das frutas mais consumidas no mundo todo, seja na forma in natura ou, após seu processamento, na forma de sucos concentrados ou polpas. Como produto secundário do processamento das laranjas obtém-se seu óleo essencial, que constitui uma mistura de compostos com alto valor agregado e com várias aplicações nas indústrias farmacêuticas, de cosméticos e de alimentos. O óleo é obtido através do método de prensagem a frio e, o extrato aquoso pode ser obtido pelo processo de hidrodestilação. Nesse trabalho foi obtido o extrato aquoso a partir do pericarpo da espécie Citrus sinensis pelo processo de hidrodestilação, no qual se obteve rendimento médio de 1,32%. O pré-tratamento da matriz vegetal com celulase e hemicelulase obtidas de T. reesi e A. niger resultou no aumento do rendimento de óleo em mais de 50%. Os extratos obtidos foram analisados por CG/EM para qualificação e quantificação dos constituintes químicos. Foi verificado que o R-limoneno foi o constituinte majoritário em todas as amostras (>90%). A fotodegradação dos extratos foi avaliada por meio de análises na região do UV-Vis e por cromatografia gasosa e os resultados demonstraram que o extrato aquoso é instável e suscetível a degradação quando exposto a condições adversas. Foi avaliada a atividade antimicrobiana dos óleos obtidos frente aos micro-organismos E. coli, B. subtilis e S. aureus, sendo verificado que todos apresentaram atividade moderada. Em relação à atividade antioxidante pôde-se propor um novo método de avaliação baseado no sequestro de peróxido de hidrogênio e os resultados corroboram com aqueles já encontrados por métodos largamente utilizados, tais como DPPH e o método de cooxidação do β-caroteno/ácido linoleico para os óleos essenciais de laranja, classificando os extratos aquosos dos óleos como fracos agentes antioxidantes. Os efeitos toxicológicos do extrato dos óleos, tais como DL50, MRTD, taxa de absorção e excreção foram avaliados e concluiu-se que se tratam de extratos seguros para utilização, visto que os componentes mais tóxicos estão presentes em baixíssima concentração, e seria necessário uma quantidade muito grande de consumo de extrato ou de óleo diário para que fosse constatado algum malefício pela sua utilização.