Proposta de índice de qualidade da água flexível e integrado à legislação: uma análise de dados oficiais em pontos de captação de água
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Campo Mourao |
Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado Profissional em Rede Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/27689 |
Resumo: | O desenvolvimento agroindustrial e a urbanização associados à crescentes índices de desmatamento tem afetado o volume e a qualidade das águas superficiais, por isso a gestão dos recursos hídricos é de suma importância para sua preservação. Neste cenário, métodos e ferramentas de análise e monitoramento devem ser adotados com o intuito de estimar a situação ambiental dos corpos hídricos a partir da interpretação de dados de qualidade da água. No Brasil, o método usado e aceito para essa avaliação é o Índice de Qualidade da Água IQA, que resulta de um produtório ponderado de nove parâmetros fixos. Todavia, a avaliação obtida pelo IQA apresenta limitações que precisam ser consideradas. Assim, o objetivo geral deste estudo foi propor um novo índice de qualidade da água que considere a inclusão e exclusão de variáveis, seja integrado à legislação vigente e inclua uma resolução gráfica de fácil interpretação. Desse modo, se propôs o Índice de Desconformidade da Qualidade da Água IDQA, o qual foi adaptado do Índice Integrado de Biomarcadores de Resposta IBR, e aplicado em uma base de dados oficiais existente. Foram selecionadas cinco Estações de Tratamento de Água (ETAs) no estado do Paraná e obtidos os nove parâmetros do IQA durante o período de 2018 a 2019, incluindo os da ETA Campo Mourão (ETACM). Os valores referência foram definidos com base na Resolução CONAMA nº 357/2005 para classes 1 e 2. Os resultados obtidos para o IDQA foram comparados aos IQACETESB e IQANSF. Afim de demonstrar a flexibilidade do IDQA, o novo índice também foi calculado a partir da base de dados do trabalho realizado por Ghisi et al. (2017), intitulado “Multivariate and integrative aprooach to analyze multiple biomarkers in ecotoxicology: A field study in Neotropical region”, no qual foram analisadas variáveis não convencionais para inferir sobre a qualidade da água, tais como alumínio, cobre e zinco, nos pontos ETACM e ETECM do Rio do Campo, tendo como valores referência a CONAMA nº 357/2005. Ainda, uma segunda análise complementada por dados biológicos foi realizada, utilizando os dados da Reserva Biológica das Perobas (REBio) como referência. De modo geral, os IDQAs evidenciaram desconformidades para as cinco ETAs com altos níveis de Escherichia coli seguido de fósforo total e, por vezes, de turbidez, classificando os locais como alterados ou em alerta, enquanto que os IQAs de aceitável a bom. A partir da segunda base de dados, o IDQA mostrou elevada Desconformidade no Rio do Campo, classificando os pontos como poluídos ou críticos. Todos os metais estiveram acima do permitido na legislação e os indicadores biológicos demonstraram risco toxicológico. O novo índice se mostrou uma ferramenta promissora, flexível, ajustada a legislação, que não omite variáveis em desacordo e considera questões regionais. |