Caracterização e análise da cadeia da vitivinicultura no Sudoeste do Paraná
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/259 |
Resumo: | A viticultura na Região Sudoeste do Paraná teve início com a colonização da região, nas décadas de 1940 e 1950, porém, somente a partir da década de 1990 se transformou em uma alternativa de renda e foco de investimentos produtivos. Para que esse setor possa se estruturar e se desenvolver é necessário reduzir o seu risco produtivo e de mercado. Para isso, é imprescindível que se conheça e que se possam delimitar quais são as potencialidades e problemas desse setor. Dessa forma, esse trabalho buscou caracterizar a vitivinicultura da Região Sudoeste do Paraná, diagnosticando os principais entraves e potencialidades da cadeia produtiva. A pesquisa teve abrangência nos municípios da Região Sudoeste do Paraná e que têm a vitivinicultura como uma atividade de expressão ou que estejam planejando fomentá-la. O estudo foi conduzido de 2007 a 2011 e foi estruturado em duas fases: pesquisa com informantes qualificados e diagnóstico em campo. Na primeira fase, realizou-se a coleta de dados sobre a vitivinicultura da região. Na segunda fase, utilizou-se dos Cadastros de Produtores Rurais de Uva fornecidos nas reuniões com informantes qualificados. Definiu-se que o conjunto da população objetivo seria de 372 produtores de uva, com a amostra mínima de 18%. Foram entrevistados, aleatoriamente, 73 produtores de uva. Os dados foram plotados em Planilhas Eletrônicas no Programa Excell, transformados em tabelas gráficos e analisados. A vitivinicultura na Região Sudoeste é exercida por pequenos produtores rurais, com forte vertente na tradição familiar e é praticada, predominantemente, por pessoas com idade superior a 50 anos e com escolaridade até a quarta série do ensino fundamental. Os parreiras pesquisados possuem área de no máximo um hectare, contribuindo em média com 28% da renda bruta anual. A região apresenta características favoráveis ao cultivo de uvas, principalmente “uvas rústicas” (Vitis labrusca), as quais demonstraram boa adaptação à região. As principais cultivares utilizadas são: Bordô (44%), Niágara Branca e Niágara Rosada (35,08%), Concord (8,92%) e Isabel (3,18%). Os solos dos parreirais apresentam conformações de topografia variada. A chuva excessiva em determinadas épocas é apontada como o principal problema climático que reduz a produção e qualidade da uva. Predomina-se a enxertia da cultivar copa tipo garfagem-de-topo no inverno, em porta-enxertos enraizados no local. Os tratamentos são feitos, predominantemente, de forma manual com equipamentos costais. As principais doenças são a antracnose (Elsionoe ampelina), podridão da uva madura (Glomerela cingulata) e o míldio (Plasmopara viticola). As principais pragas foram as formigas (Acromirmex sp.), pérola-da-terra (Eurizococus brasiliensis) e trips (Selenothrips rubrocinctus e Frankliniella sp.). O controle de plantas invasoras é feito através de roçadas manuais e mecânicas, capinas manuais e químicas. A poda é curta e realizada, predominantemente, em agosto. Os vinhos produzidos na região são classificados como coloniais e artesanais e poucos têm registro no Ministério da Agricultura. Observa-se uma forte tendência de não continuidade da atividade vitivinícola pela evasão do jovem e falta de mão-de-obra qualificada principalmente para as atividades que exigem maior conhecimento técnico. |