Estratégias de mobilidade de renda e patrimônio da agricultura familiar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ternoski, Simão lattes
Orientador(a): Perondi, Miguel Angelo lattes
Banca de defesa: Silva, Christian Luiz da lattes, Nychai, Luci lattes, Perondi, Miguel Angelo lattes, Kiyota, Norma lattes, Helfand, Steven M lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/31447
Resumo: Esta tese analisa uma pesquisa em painel com 94 agricultores familiares durante uma década, e conclui acerca da relação entre as estratégias de produção e a (in)mobilidade da renda e patrimônio deles. Esta pesquisa procura preencher a lacuna empírica de estudos sobre a mobilidade de renda e patrimônio no Brasil ao responder a pergunta sobre quais estratégias de meios de vida resultam em maior (ou menor) êxito na mobilidade de renda e de patrimônio no tempo! Para tanto, o objetivo da pesquisa foi o de analisar as estratégias de meios de vida que proporcionam mobilidade de renda e patrimônio dos agricultores familiares de Itapejara d’Oeste/PR nos anos de 2005, 2010 e 2015. Metodologicamente, optou-se por realizar uma revisão sistemática da literatura empregando o método ProKnow-C. E para avaliar a mobilidade de renda e patrimônio das famílias se utilizou a estatística descritiva, matriz de transição, teste t e do modelo de efeito fixo para dados em painel. Como resultado, as matrizes de transição da renda total e patrimônio indicaram uma maior concentração das atividades agrícolas e um maior nível de ativos nas trajetórias que cresceram nos tercis. Neste caso, a produção de grãos, principalmente a soja, teve um papel destacado nas trajetórias de crescimento da renda, cenário também observado naqueles que cresceram em patrimônio. Os modelos inferenciais indicam que a mobilidade de renda é mais fortemente influenciada pelo capital social, físico, financeiro, rendas externas e pela maior eficiência do uso dos fatores de produção (tecnologia). Do ponto de vista da mobilidade do patrimônio percebeu-se uma grande influência do capital humano e financeiro, sendo este último diretamente relacionado à renda agrícola, advinda principalmente da produção de grãos. Por fim, este estudo revelou a necessidade de haver políticas públicas que fortaleçam o capital humano, social e físico do meio rural para ampliar as oportunidades de emancipação da renda e patrimônio de um maior número de famílias rurais.