Atividades de oralidade na perspectiva do inglês como língua franca: uma análise de um livro didático para o novo ensino médio
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/31278 |
Resumo: | A globalização e o consequente rompimento de fronteiras linguísticas entre os países são processos que têm tanto fomentado quando sido fomentados pela difusão global da língua inglesa (LI), o que tem impactado conceitos pré-existentes dentro da área de ensino-aprendizagem de línguas. No que tange ao cenário educacional brasileiro, a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e consequente reforma do Novo Ensino Médio (NEM) são marcos que permeiam a adoção da perspectiva do inglês como língua franca (ILF), concebida como um idioma de contato entre pessoas que não compartilham uma língua/cultura nativa comum, tornando-se assim a língua de comunicação escolhida entre eles (FIRTH, 1996). Tais mudanças implicam na produção dos livros didáticos (LD) de LI que chegam às escolas. Compreendendo o LD como importante instrumento de trabalho do professor, essa pesquisa visa, de maneira geral, analisar as atividades do eixo da oralidade em um livro didático adotado para o trabalho com NEM em um contexto específico do Estado de Santa Catarina. Assim, essa pesquisa se orienta pelos seguintes objetivos específicos: a) analisar os documentos norteadores brasileiros do Ensino Médio no que tange ao ensino de oralidade de língua inglesa; b) compreender como os gêneros autênticos aparecem nas atividades de oralidade de língua inglesa do LD; e c) analisar como as atividades de oralidade presentes no LD se relacionam com a perspectiva do ILF. O foco deste trabalho recai sobre a oralidade, visto que ela foi, por muito tempo, relegada a segundo plano no processo de ensino-aprendizagem de LI, em especial na escola pública. Essa pesquisa caracteriza-se como uma análise documental, posta sob uma perspectiva de cunho qualitativo em que foram analisadas 3 unidades (1, 8 e 14) do LD, as quais foram delimitadas para esse estudo tendo em vista a sugestão fornecida pelo próprio LD, como sendo as primeiras para cada do EM. Os resultados apontam que os gêneros autênticos utilizados nas atividades geram, na sala de aula, contextos significativos de interações comunicativas tendo em vista práticas situadas de uso do idioma. Já no que tange a perspectiva do ILF, as atividades tendem ainda a perpetuar áudios de falantes pertencentes somente ao inner circle (KACRHU, 1985), não priorizando falantes de outras localidades. Porém, as atividades de speaking das 3 unidades analisadas desencadeiam situações de comunicação autêntica, o que corrobora a visão do ILF, pois os alunos poderão expressar-se como falantes brasileiros de inglês. Os resultados também parecem apontar a necessidade da formação docente adequada para trabalhar com questões em torno de pronúncia, erro e correção nas práticas envolvendo atividade de speaking, além da necessidade de repensar, com urgência, as condições de trabalho do professor de LI para realizar atividades como as propostas no LD, em especial no contexto de reforma do NEM. Por fim, destaco que esse é um movimento de transição do forte paradigma do inglês como língua estrangeira para a perspectiva do ILF no contexto do NEM, que já começa a ser evidenciado pelo LD. |