Degradação de corante azo Acid black 210 Na por meio de eletro-oxidação com eletrodos de grafite

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Flavia Manente da lattes
Orientador(a): Orssatto, Fábio lattes
Banca de defesa: Orssatto, Fábio lattes, Frare, Laercio Mantovani lattes, Reis, Ralpho Rinaldo dos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Medianeira
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Tecnologias Ambientais
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/29712
Resumo: A presença de compostos recalcitrantes, como corantes sintéticos, no ambiente consiste em um risco devido às características tóxicas de alguns compostos e dos subprodutos originados na degradação incompleta destes. A classe de corantes azo é uma das mais utilizadas em indústrias têxteis e curtumes, no entanto esse tipo de corante tem potencial tóxico, além de apresentar resistência a degradação por métodos convencionais de tratamento, como por exemplo os processos biológicos. Sendo assim, avaliou­se a eficiência da eletro­oxidação com eletrodos de grafite na degradação do corante azo Acid Black 210 Na em presença de cloreto de sódio. Os ensaios seguiram um delineamento inteiramente casualizado, sendo testados 4 tratamentos (A, B, C e D) com 4 repetições em cada, com densidades de corrente elétrica distintas (4, 12, 20 e 30 mA.cm­2). O tratamento com melhor desempenho, evidenciado por meio de análises estatísticas (ANOVA e teste de comparação de médias), foi utilizado para o ajuste da cinética de degradação. A eficiência de degradação foi avaliada por meio de espectroscopia de absorbância molecular, nos comprimentos de onda de 459 e 609 nm e a cinética foi ajustada para o comprimento de onda de 319 nm. Por meio da análise estatística o tratamento realizado com 20 mA.cm­2 demonstrou­se como a melhor opção para o tratamento, com percentuais de degradação de 79,69% e 91,90% nos comprimentos de onda de 459 e 609 nm, respectivamente, com residual de cloro livre de 5,03 ppm e pH de 5,33. O custo do tratamento C foi de 117,12 R$.m­3, em torno de 52% inferior ao tratamento D. A cinética de degradação foi ajustada seguindo o modelo de segunda ordem, com R2 de 0,978 e constante de velocidade de 0,561 L.g­1min­1. A análise de toxicidade evidenciou que após o tratamento as amostras apresentaram maior toxicidade para Daphina magna e Lactuca sativa, provavelmente devido a presença de cloro, evidenciada pela concentração de cloro livre e por meio dos espectros de absorção na região do infravermelho. Como não se verificou a formação de subprodutos aromáticos, conclui­se que técnica de eletro­oxidação é eficiente para degradar o corante azo Acid Black 210 Na, sendo necessário realizar ajustes operacionais para evitar a formação de compostos clorados que conferem toxicidade as amostras tratadas.