Modificação química de celulose bacteriana visando curativo antimicrobiano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Sedans, Karina Andressa Alves lattes
Orientador(a): Viana, Renato Márcio Ribeiro lattes
Banca de defesa: Carvalho, Gizilene Maria de lattes, Cabeça, Luís Fernando lattes, Viana, Renato Márcio Ribeiro lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Londrina
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/29943
Resumo: Lesões cutâneas como as ocasionadas por queimaduras requerem atenção no seu tratamento a fim de evitar infecções e maiores complicações durante o processo de cicatrização. Uma importante característica a ser considerada nos materiais propostos como curativos é proporcionar um ambiente úmido e quente para promover melhor cicatrização. A celulose bacteriana é apresentada como ideal para esta aplicação pela sua biocompatibilidade, alta cristalinidade, capacidade de absorção de umidade e estabilidade térmica. Apesar de suas características promissoras, o material não possui propriedades antimicrobianas. Assim, este trabalho propõe a produção de um filme de celulose modificado que possua propriedade antimicrobiana. Tal modificação é proposta para que o curativo seja capaz de adsorver um antibiótico e liberar no local desejado. Esta propriedade foi adquirida por meio da reação de esterificação do ácido 6-piridinohexanoico com o filme de celulose a fim de reter um fármaco aniônico (oxacilina). Além disso, também foram utilizados lipossomas aniônicos, com o fármaco encapsulado, adsorvidos no filme celulósico para que promova liberação mais lenta. Para tal, procedeu-se com a síntese da molécula do sal de piridínio e, posteriormente, seu acoplamento na membrana celulósica; seguido pela adsorção do fármaco. O filme modificado foi capaz de adsorver 14,2 % do fármaco presente em solução, quantidade essa que representa 6,81 % em relação à sua massa. O sistema lipossomal foi capaz de encapsular 20,1 % do fármaco. Assim, produziu-se também um filme com lipossomas adsorvidos contendo 16,5 % de oxacilina em relação à massa da celulose. Enquanto o primeiro filme liberou metade do fármaco adsorvido em 12 horas, o filme contendo lipossomas levou 4 dias para iniciar o processo de liberação e permaneceu liberando fármaco durante os 11 dias de estudo. Os filmes produzidos foram analisados por infravermelho (FT-IR), ressonância magnética nuclear (RMN), espectroscopia no ultravioleta visível (UV-Vis), espalhamento de luz dinâmico (DLS), cromatografia liquida de alta performance (HPLC) e microscopia eletrônica de varredura (MEV).