Extração sustentável e caracterização da pectina obtida do mamão formosa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Guevara, Santos Pedraza lattes
Orientador(a): Canteri, Maria Helene Giovanetti lattes
Banca de defesa: Canteri, Maria Helene Giovanetti lattes, Alberti , Aline lattes, Francisco, Antonio Carlos de lattes, Serrano, Casimiro Mantell lattes, Rodrigues, Sabrina Ávila lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/24357
Resumo: O mamão (Carica papaya L.), a planta mais conhecida da família das Caricáceas, cultivado em países tropicais e subtropicais como o Brasil, é amplamente consumido in natura quando maduro. Parte da produção do mamão não é aproveitada devido ao seu aspecto, danos climáticos, insetos ou superprodução. O mamão verde é rico em fibras dietéticas totais e pode ser utilizado como fonte alternativa para extração de pectina. O objetivo deste estudo foi estabelecer um protocolo sustentável para extração de pectina de farinha de mamão verde (FMV), comparando hidrólise ácida convencional (CONV) e as técnicas de extração com fluido comprimido (CFE), incluindo Extração com Água Quente Pressurizada (PHWE) e Extração Avançada com Solvente (ESE). Primeiramente, a FMV foi produzida para ser utilizada como matéria-prima antes de sua caracterização físico-química. Para a extração convencional, diferentes condições operacionais foram avaliadas, incluindo o tamanho de partícula da matéria-prima, a relação sólido-solvente e o tipo de ácido orgânico. Os maiores rendimentos de pectina foram obtidos com ESE (216±10,8 mg g-1) quando CO2 + H2O (20:80) + ácido cítrico (5%, 1 mol L-1) foram aplicados (40 MPa/80 ºC/60 min. / 300–710 μm), semelhante ao obtido por CONV (202,0±49,5 mg g-1) e PHWE (208,0±9,4 mg g-1) utilizando ácido oxálico. A pectina de FMV apresentou teor médio de ácido galacturônico (GalA) de 73% (p/p) e grau de esterificação (DE) de 57,8%, sendo composta predominantemente por galactose, glicose e ramnose. Esta substância péctica demonstrou conter dois tipos principais de cadeias pécticas: ramnogalacturonana-I (RG-I, média 58%) proporcionalmente maior do que homogalacturonana (HG, média 28%). Tanto as técnicas de extração convencionais, quanto as por fluido comprimido permitiram a obtenção de pectina de alta qualidade com composição similar a outros produtos comerciais, também reforçando a CFE como um processo sustentável.