Quitosana na indução de resistência ao tombamento de plântulas de espécies olerícolas e no controle de fitopatógenos in vitro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Rocha, Rita de Cassia Dosciatti Serrão lattes
Orientador(a): Mazaro, Sérgio Miguel lattes
Banca de defesa: Franzener, Gilmar, Borin, Maristela dos Santos Rey, Possenti, Jean Carlo, Mazaro, Sérgio Miguel
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1617
Resumo: A indução de resistência é conceituada como a ativação de um estado de resistência contra doenças, o qual é induzido sistemicamente em plantas pela utilização de agentes bióticos ou abióticos, sem qualquer alteração do genoma da planta, ocorrendo de maneira não específica, por meio da ativação de genes que codificam para diversas respostas de defesa vegetal. A quitosana é um polímero derivado da desacetilação da quitina, encontrada em grande quantidade na carapaça de crustáceos, sendo estudada com potencial para controle fitopatógenos, tanto para sua ação fungistática direta, quanto pela capacidade de induzir a defesa das plantas, indicando a presença de moléculas com características elicitoras. Foram desenvolvidos três experimentos com objetivos de avaliar o potencial da quitosana na indução de resistência a plântulas de beterraba (Beta vulgaris), tomate (Solanum lycopersicum) e pepino (Cucumis sativus) e no controle de Fusarium sp., Rhizoctonia solani Kuhn e Pythium sp. em condições in vitro. O delineamento experimental foi inteiramente casualisado, com quatro repetições As sementes de beterraba, tomate e pepino foram submersas em solução de quitosana por 20 minutos, nas concentrações de 0,25; 0,5; 1 e 2% e na testemunha água destilada. As sementes foram semeadas em bandejas de poliestireno expandido contendo substrato lantmax Florestalr previamente esterilizado e inoculado com Fusarium sp., Rhizoctonia solani Kuhn e Pythium sp., respectivamente, para as três culturas. O experimento foi conduzido por 14 dias em câmara de cultivo com controle de temperatura (25 C 2 C), luminosidade (fotoperíodo de 12 horas) e umidade relativa (70% 10%). As avaliações realizadas foram emergência das sementes, tombamento de plântulas, comprimento de plântulas, massa da matéria fresca e atividade das enzimas fenilalanina amônia-liase (FAL), quitinases e b-1,3- glucanase. Foi avaliado tamb´em o crescimento micelial de Fusarium sp., Pythium sp. e R. solani em meio de cultura B.D.A. (Batata-Dextrose e Agar) contendo quitosana nas mesmas concentrações avaliadas nas sementes. Na cultura da beterraba, o tratamento de sementes com quitosana propiciou maior emergência e comprimento das plântulas, e reduziu o percentual de tombamento. O tratamento com quitosana ativou a resistência sistêmica adquirida com expressão das enzimas quitinases e b-1,3-glucanase. No tomate a quitosana na concentração de 0,25% favoreceu a emergência das plântulas, reduziu a incidência de tombamento e ativou as enzimas FAL, quitinases e b-1,3-glucanase. Em pepino, com concentração de até 0,5%, favoreceu a emergência das plântulas e reduziu a incidência de tombamento. A quitosana ativou as enzimas FAL e b-1,3-glucanase. A quitosana também apresentou ação fungistática sobre o crescimento inicial de Pythium sp. e Rhizoctonia solani Kuhn em condições in vitro, no entanto, tal ação não prevaleceu até o término do experimento. Para Fusarium sp. o aumento da concentração da quitosana resultou na redução do crescimento micelial in vitro.