Avaliação dos impactos ambientais de processos oxidativos avançados na remoção de micropoluentes e ecotoxicidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Ramos, Heitor de Oliveira lattes
Orientador(a): Freitas, Adriane Martins de lattes
Banca de defesa: Freitas, Adriane Martins de lattes, Ugaya, Cássia Maria Lie lattes, Tiburtius, Elaine Regina Lopes lattes, Amaral, Karina Guedes Cubas do lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/30167
Resumo: Processos avançados de oxidação (AOPs) têm se mostrado eficientes na degradação e remoção de micropoluentes (Mps) em efluentes. Por outro lado, pouco se discute acerca do desempenho e dos impactos ambientais que estes processos podem gerar ao tratar esses efluentes. A Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) tem se mostrado uma importante ferramenta para auxiliar na tomada de decisões no que diz respeito à melhor alternativa de tratamento, levando em consideração seus potenciais impactos ambientais. Neste contexto, o presente projeto avaliou os impactos ambientais de três processos (fotólise UVC, UVC/H2O2 e foto-Fenton/UVA) que foram utilizados como tratamento terciário de efluente doméstico sintético, com objetivo de remoção de micropoluentes e ecotoxicidade. A ACV foi utilizada como ferramenta para este estudo comparativo. Foram estipulados três diferentes cenários: a) processo anaeróbico + fotólise/UVC; b) processo anaeróbico + processo UVC/H2O2 e c) processo anaeróbico + processo foto-Fenton. A unidade funcional escolhida para fins de comparação foi 1 m³ de efluente sintético tratado. As entradas e saídas foram determinadas e a partir disso foi estabelecido o inventário considerando os tempos de tratamento de 30, 60 e 90 min. A análise do inventário revelou que dos três processos analisados, o processo UVC/H2O2 foi o que menos contribuiu para as categorias de impacto analisadas. Já a fotólise foi o processo que mais contribui para os impactos nas categorias Ecotoxicidade de água doce, Toxicidade humana (não cancerígena) e Toxicidade humana (cancerígena). O processo foto-Fenton foi o que mais contribuiu para os impactos nas categorias relativas ao aumento do aquecimento global (IPCC GWP 20a e IPCC GWP 100a) e Eutrofização Marinha. Em relação à maior eficiência na remoção dos Mps, do carbono orgânico total e da ecotoxicidade à Daphnia magna e Lactuca sativa, o processo foto-Fenton mostrou o melhor desempenho. Não houve diferença significativa em relação aos tempos de tratamento de cada processo (30, 60 e 90 min). Por fim, a falta de fatores de caracterização de ecotoxicidade e toxicidade humana é em parte devido à falta de dados de testes de toxicidade, especialmente ensaios de toxicidade crônica para muitos compostos orgânicos. Como micropoluentes estão presentes no ambiente em concentrações baixas (ng à ug/L), efeitos crônicos devem ser monitorados. Estas informações devem ser constantemente adicionadas aos bancos de dados, como USEtox, para que eles sejam atualizados e isto torne a avaliação dos impactos mais próxima da realidade.