Evasão fiscal em micro e pequenas empresas: reflexões sobre o comportamento empreendedor
Ano de defesa: | 2019 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Administração
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4710 |
Resumo: | Na condução de seu negócio, o empreendedor assume os riscos e as responsabilidades inerentes às atividades organizacionais e frequentemente enfrenta conflitos internos associados à quebra de regras para a maximização dos rendimentos. Neste sentido, para contornar as situações adversas no ambiente de negócios, incluindo fugir da burocracia e burlar a fiscalização, o empreendedor pode utilizar um mecanismo social denominado “jeitinho brasileiro”, que envolve a quebra de regras e, embora apresente distinções, é frequentemente associado a atos corruptos. O conjunto de atitudes realizadas intencionalmente pelos membros da organização e que resultam na violação de normas e padrões sociais é denominado organizational misbehavior e, dentre as atividades ilícitas realizadas no âmbito privado, a evasão fiscal aparece como a prática mais relevante nas micro e pequenas empresas. Assim, ao considerar que o comportamento organizacional, incluindo as atitudes desviantes como o misbehavior, está diretamente associado à conduta individual do empreendedor, o presente trabalho tem por objetivo compreender como se manifesta o misbehavior de empreendedores associado às práticas de evasão fiscal em micro e pequenas empresas. Para a condução da pesquisa foi realizado um estudo exploratório-descritivo com abordagem qualitativa, em que a coleta de dados ocorreu a partir de entrevistas semiestruturadas realizadas em duas fases, primeiramente foram selecionados por conveniência contadores que prestam serviços para micro e pequenas empresas e, posteriormente, escolhidos de maneira intencional, empreendedores que atuam como proprietários em empresas desse porte. Os resultados, obtidos a partir da análise de conteúdo das entrevistas, indicam que a evasão fiscal é uma prática comum entre os empreendedores e que costuma ser justificada por um somatório de fatores, quais sejam: baixa percepção do retorno dos tributos arrecadados por parte da gestão pública, percepção de impunidade e baixa fiscalização pelos órgãos de controle e busca pela maximização dos rendimentos, principalmente como forma de sobrevivência dos negócios. A análise dos dados aponta que a sonegação fiscal está associada ao mau comportamento do empreendedor que, para contornar as situações adversas que impedem a manutenção ou crescimento de sua empresa, utiliza intencionalmente a evasão fiscal como um “jeito” de obter os resultados desejados. |